Nova Avaliação sobre Crédito Imobiliário
O novo modelo de crédito imobiliário é considerado positivo, pois deverá liberar um maior volume de recursos destinados ao financiamento habitacional. A avaliação foi feita por Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV/Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas). Essa análise ocorreu durante a Reunião de Conjuntura do SindusCon-SP, que foi conduzida por Eduardo Zaidan, vice-presidente de Economia da entidade. A reunião também contou com a participação de Yorki Estefan, presidente do SindusCon-SP, realizada na quarta-feira, 22 de outubro.
Principais Alterações no Modelo de Financiamento
O novo modelo, que foi recentemente anunciado pelo governo, introduz mudanças significativas para os financiamentos imobiliários. Após um período de transição, os bancos poderão utilizar letras de crédito imobiliário (LCIs) e letras de incentivo à gestão (LIGs) para viabilizar os financiamentos. Com essa mudança, os bancos terão a liberdade de utilizar o mesmo montante de recursos provenientes da Poupança para direcioná-los a outros investimentos que considerarem relevantes. Além disso, os juros aplicados ao financiamento imobiliário estão limitados a 12% ao ano.
Outro ponto importante é a liberação de recursos equivalentes a 5 pontos percentuais do depósito compulsório da Poupança que os bancos devem recolher ao Banco Central. Essas alterações visam aumentar a liquidez no setor e facilitar o acesso ao crédito habitacional.
Desafios e Considerações
De acordo com Ana Maria Castelo, as mudanças propostas pelo novo modelo são promissoras para o aumento de recursos destinados ao financiamento habitacional. No entanto, ela destaca que um dos desafios será garantir a transparência no funcionamento desse novo sistema. Além disso, Castelo ressalta que, enquanto a taxa Selic se mantiver em 15%, será essencial continuar utilizando os recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e da Poupança como fontes de financiamento para o setor imobiliário.
Essas provisões têm como objetivo auxiliar no desenvolvimento do mercado de crédito habitacional e proporcionar melhores condições para os consumidores que buscam adquirir imóveis.
Fonte: veja.abril.com.br