JPMorgan e o Caminho para um Trilhão de Dólares
Análise de Jim Cramer
Na terça-feira, o analista Jim Cramer, da CNBC, destacou aos investidores as razões pelas quais acredita que o JPMorgan pode ser a próxima ação fora do setor de tecnologia a atingir uma capitalização de mercado de US$ 1 trilhão. Segundo ele, a instituição financeira possui qualidades únicas, incluindo excelência em diversas áreas, como empréstimos, mercados de capitais e operações financeiras.
Cramer ressaltou também o desempenho do CEO Jamie Dimon, afirmando que sua habilidade no papel é rara e admirável em qualquer setor. O analista elogiou a qualidade histórica do JPMorgan, classificando-o como um banco de primeira linha que se transformou em um excelente ambiente de trabalho, além de ter uma capacidade de operação global incomparável. Ele argumentou que isso justifica o porquê da capitalização de mercado do banco ser significativamente maior do que a de seus principais concorrentes.
O Desafio de Atingir um Trilhão
Cramer enfatizou que alcançar uma capitalização de mercado de US$ 1 trilhão é uma tarefa complicada. Ele observou que, exceto pela Berkshire Hathaway, que tem um valor de aproximadamente US$ 1,05 trilhão, as únicas empresas a atingir esse marco são as gigantes tecnológicas. Entre essas empresas, estão a Nvidia, que vale cerca de US$ 4,25 trilhões; a Microsoft, com US$ 3,78 trilhões; a Apple, com US$ 3,35 trilhões; a Alphabet, que vale US$ 3,04 trilhões; e a Amazon, com um valor estimado em US$ 2,50 trilhões. Outros exemplos incluem a Meta, com aproximadamente US$ 1,96 trilhão; a Broadcom, avaliada em US$ 1,70 trilhão; e a Tesla, com US$ 1,36 trilhão.
Atualmente, o JPMorgan está avaliado em cerca de US$ 850 bilhões, enquanto a maioria dos seus concorrentes apresenta valores abaixo de US$ 300 bilhões. O banco alcançou um novo pico em 52 semanas na última terça-feira, encerrando o dia com uma alta de 0,09%. Desde o início do ano, as ações do JPMorgan apresentam um crescimento de 28,99%.
Comparação com Outras Instituições Financeiras
Cramer fez uma comparação entre as ações do JPMorgan e a de um "cavalo que aguardou sua vez, mas agora está na curva final da corrida". Ele listou várias razões que o levam a acreditar que a avaliação do banco está em trajetória de alta. O analista observou que o JPMorgan não é a única instituição financeira que está fazendo avanços significativos, já que o setor bancário como um todo tem demonstrado um bom desempenho. Cramer mencionou outros gigantes financeiros que também obtiveram ganhos expressivos neste ano, como Citigroup, Wells Fargo, Bank of America, Goldman Sachs e Morgan Stanley.
O especialista destacou que o que ele considera ser o “verdadeiro combustível” para o JPMorgan, assim como para seus concorrentes, é a expansão dos múltiplos preço-lucro das ações. Segundo Cramer, Wall Street está disposta a investir mais nas ações de bancos. Ele apontou que os bancos estão vendo um aumento tanto em seus lucros quanto nos múltiplos de preço-lucro, o que é considerado "notável", especialmente em um momento em que o mercado está aguardando novas diretrizes da Reserva Federal.
Relevância do Setor Bancário
Cramer observou que por muitos anos ele espera que os bancos apresentem múltiplos preço-lucro mais altos, que são fundamentais para a dinâmica do mercado em geral. Assim, enfatizou que, quando os bancos estão se destacando, isso é um excelente sinal para o desempenho geral do comércio financeiro. Ele aconselhou os investidores a manterem isso em mente caso o mercado sofra impactos negativos após a divulgação de informações pela Reserva Federal, afirmando que, uma vez que a expansão dos múltiplos começa, ela é difícil de ser revertida. "Esses são movimentos conquistados com dificuldade e eu aposto que estamos apenas no começo", completou.
Comentário da JPMorgan
O JPMorgan optou por não comentar sobre as declarações feitas por Cramer.
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