Confirmação de Susan Monarez e Controvérsias no CDC
Indicação e Permanência de Monarez
Susan Monarez, indicada pelo presidente Donald Trump para o cargo de Diretora dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), compareceu à audiência de confirmação perante o Comitê do Senado de Saúde, Educação, Trabalho e Pensões no dia 25 de junho de 2025, em Washington, DC. Os advogados de Monarez afirmaram na noite de quarta-feira que ela permanece no cargo, uma vez que somente o presidente Trump tem o poder de demiti-la.
Em uma postagem na rede social X, os advogados informaram que a equipe da Casa Branca, através do escritório de pessoal, notificou Monarez sobre sua demissão na quarta-feira. Porém, ressaltaram que Monarez é uma funcionária nomeada pelo presidente, o que significa que apenas Trump poderia afastá-la.
O advogado Mark Zaid afirmou no comunicado: "Por essa razão, rejeitamos a notificação recebida pela Dra. Monarez como legalmente deficiente e ela permanece como Diretora do CDC". Zaid também informou que a posição foi comunicada ao advogado da Casa Branca.
Críticas ao CDC e Conflito Interno
A declaração dos advogados ocorreu poucas horas após a Casa Branca anunciar a demissão de Monarez, após ela ter se recusado a renunciar. Em uma declaração anterior, Zaid mencionou que Monarez “se recusou a endossar diretrizes não científicas e imprudentes e demitir experts dedicados em saúde” e que “ela escolheu proteger o público ao invés de servir a uma agenda política”. Ele acrescentou: “Por isso, ela foi alvo”.
Divergências sobre Políticas de Vacinação
Monarez estava em desacordo sobre a política de vacinação com o Secretário de Saúde e Serviços Humanos, Robert F. Kennedy Jr., segundo relatórios do New York Times, que citou um funcionário anônimo da administração. Kennedy, conhecido por suas opiniões céticas em relação a vacinas, tomou diversas medidas para alterar a política de imunização nos Estados Unidos.
Monarez, que possui uma longa trajetória como cientista no governo federal, foi empossada em 31 de julho e é a primeira diretora do CDC a ser confirmada pelo Senado após a aprovação de uma nova lei durante a pandemia, que exige a aprovação dos nomeados para o cargo.
Saídas de Outros Funcionários
Na mesma quarta-feira, pelo menos quatro outros altos funcionários da saúde anunciaram sua saída da agência, logo após o Departamento de Saúde e Serviços Humanos declarar que Monarez "não era mais" a diretora do CDC em uma postagem na rede social X.
Na quinta-feira, em entrevista à Fox News, Kennedy evitou comentar sobre “questões de pessoal”, mas enfatizou que a agência "está em dificuldades e precisamos consertá-la; estamos consertando, e pode ser que algumas pessoas não devam mais trabalhar lá".
Kennedy afirmou que Trump possui “expectativas muito ambiciosas para o CDC neste momento”, mas reconheceu que a agência enfrenta “problemas”. Ele alegou que a abordagem do CDC em relação ao distanciamento social, uso de máscaras e fechamento de escolas durante a pandemia de Covid foi “errada”.
Ele declarou: “Se há realmente uma… letargia profundamente enraizada na agência, precisamos de uma liderança forte que consiga executar as amplas ambições do presidente Trump para esta agência. Queremos que o CDC seja a agência de saúde mais respeitada do mundo”.
Contexto Atual do CDC
As mudanças na liderança ocorrem em um momento turbulento para a agência, que está lidando com as consequências de um ataque a tiros em sua sede em Atlanta no dia 8 de agosto, onde um policial morreu.
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