Americanas diminui perdas no 2T25 e registra crescimento de 24,7% na receita, impulsionada pelas vendas em lojas físicas.

Americanas S.A.: Resultados do Segundo Trimestre de 2025

Introdução

A Americanas S.A. (BOV:AMER3) apresentou, na noite de terça-feira, 12 de agosto, um desempenho operacional significativo durante o segundo trimestre de 2025. As informações reveladas pela empresa demonstram uma recuperação notável, com a redução drástica do prejuízo líquido e um aumento considerável na receita líquida.

Desempenho Financeiro no Segundo Trimestre

Resultados Gerais

A varejista reportou um prejuízo líquido de R$ 98 milhões, um contraste expressivo com a perda de R$ 1,85 bilhão registrada no mesmo período do ano anterior. Este resultado indica não apenas uma recuperação financeira, mas também uma estratégia eficaz de reestruturação e reposicionamento no mercado.

Receita Líquida

A receita líquida da Americanas S.A. alcançou R$ 3,843 bilhões, experimentando um crescimento de 24,7% em relação ao ano anterior. Esse aumento foi impulsionado por:

  • Crescimento nas Vendas de Mesmas Lojas: O aumento nas vendas em lojas que já estavam em operação contribuiu significativamente para os resultados positivos.
  • Otimização de Sortimento e Preços: A empresa implementou uma estratégia eficaz de gestão de produtos e preços, tornando-se mais competitiva no mercado.

Ebitda Ajustado

O Ebitda ajustado alcançou R$ 329 milhões, representando um impressionante crescimento de 1.216% em relação ao mesmo período de 2024. O Ebitda sem ajustes também teve desempenho positivo, atingindo R$ 304 milhões, revertendo o resultado negativo de R$ 53 milhões registrado no segundo trimestre de 2024.

CFO Camille Faria destacou que a melhora nos resultados é atribuída à base de comparação anterior, que foi impactada por despesas financeiras elevadas. No ano passado, a empresa ainda lidava com juros sobre uma dívida que ultrapassava R$ 30 bilhões, em meio ao processo de recuperação judicial.

Despesas Operacionais

O presidente da companhia, Leonardo Coelho, afirmou que as despesas de vendas, gerais e administrativas (SG&A) foram reduzidas para menos de 30% da receita líquida. Esse é o menor nível de despesas desde 2023, evidenciando a eficácia de suas práticas de contenção de custos.

Estratégia de Vendas e Integração de Canais

Abandono do Marketplace Tradicional

A Americanas S.A. optou por abandonar o modelo tradicional de marketplace, focando em um formato híbrido que integra suas operações digitais e físicas. Segundo a empresa, isso se dará por meio de:

  • Ship from Store: Expedição de produtos diretamente das lojas para o cliente, melhorando a eficiência logística.
  • Pick Up in Store: Coleta de compras realizadas online nas lojas físicas.

GMV Total

O GMV (Gross Merchandise Volume) total da empresa somou R$ 5,2 bilhões, apresentando um crescimento de 15,6%. O destaque nesse cenário foi o varejo físico, que teve um crescimento notável de 35,7%, enquanto as vendas no canal digital enfrentaram uma queda de 68,7%. Esses números mostram a resiliência da Americanas S.A. em tempos de desafios econômicos.

O Mercado e Concorrência

A Americanas S.A. atua em um setor altamente competitivo no Brasil, oferecendo produtos que variam de utilidades domésticas a eletrodomésticos, brinquedos, alimentos e bebidas. Seus principais concorrentes incluem:

  • Magazine Luiza (BOV:MGLU3)
  • Via (BOV:VIIA3)
  • Grupo Casas Bahia (BOV:BHIA3)

Essas empresas competem não apenas em termos de variedade de produtos, mas também em inovação nas práticas de venda.

Considerações Finais

A apresentação dos resultados da Americanas S.A. demonstra um cenário otimista em meio a um mercado desafiador. Com uma redução significativa do prejuízo e o aumento expressivo da receita líquida, a estratégia de reestruturação parece estar funcionando conforme esperado. A integração entre as operações físicas e digitais poderá oferecer uma vantagem competitiva significativa.

É fundamental acompanhar os próximos passos da Americanas S.A. para entender melhor como a empresa irá se posicionar no futuro e se a recuperação se consolidará por meio de suas novas práticas operacionais e estratégias de mercado.


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