ANP Interdita FPSO Peregrino e Gera Impacto Financeiro para Prio
ANP interdita FPSO Peregrino, operado pela Equinor, e Prio prevê impacto de até US$ 60 milhões no caixa enquanto ajustes de segurança são realizados. (Imagem: Divulgação)
A Prio (PRIO3) comunicou ao mercado nesta segunda-feira, dia 18 de setembro, que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) interditou o FPSO Peregrino, que é operado pela Equinor. A interdição foi motivada por pendências na documentação relacionada à segurança e análise de risco, além da necessidade de adequações no sistema de dilúvio.
Detalhes da Interdição
A suspensão da operação afetará temporariamente a produção do campo, que possui reservas de 202 milhões de barris e uma produção diária de aproximadamente 100 mil barris. A Prio, que detém 40% do ativo, irá sofrer um impacto financeiro enquanto a Equinor mantém os 60% restantes. Durante a auditoria realizada pela ANP, entre os dias 11 e 15 de agosto, foram identificadas “situações de risco grave e iminente”, resultando na paralisação das atividades.
A Equinor iniciou imediatamente os reparos necessários e estima que os ajustes serão concluídos entre 3 e 6 semanas, conforme a informação divulgada pela Prio por meio de um fato relevante.
Avaliação do Impacto Financeiro
Conforme informações do Brazil Journal, o CEO da Prio, Roberto Monteiro, declarou que a interdição não altera a percepção da empresa sobre o ativo e é, principalmente, uma questão de ajustes na documentação de segurança. Atualmente, a participação da Prio no FPSO Peregrino gera cerca de US$ 40 milhões por mês, com uma produção estimada em 90 mil barris diários. Levando em conta o tempo estimado para a retomada das operações, o impacto potencial no fluxo de caixa da empresa pode variar entre US$ 30 milhões e US$ 60 milhões.
Compra da Participação da Equinor
Em um contexto recente, a Prio adquiriu a participação da Equinor no FPSO Peregrino por US$ 3,35 bilhões. O valor final do negócio será ajustado até a sua conclusão, que está prevista para o início do próximo ano, com base na geração de caixa até aquele momento.