Destaques Corporativos de Quinta-feira, 25 de Outubro
O dia 25 de outubro traz importantes atualizações corporativas, destacando-se eventos que envolvem a Assaí (ASAI3), Petrobras (PETR4) e Cogna (COGN3). Os assuntos incluem o conflito legal do Assaí com o GPA, a aprovação de um teste ambiental pela Petrobras e um alerta do censo do INEP para as empresas educacionais, como a Cogna.
Assaí (ASAI3) Aciona Justiça Contra Casino e GPA (PCAR3)
O Assaí (ASAI3) tomou a decisão de entrar com uma medida cautelar com o objetivo de se resguardar de eventuais impactos decorrentes de uma possível saída do ex-controlador Casino do GPA (PCAR3). Para isso, a rede de atacarejo solicitou à Justiça o bloqueio de todas as ações do Pão de Açúcar atualmente detidas pelo grupo francês, conforme um fato relevante enviado ao mercado na noite anterior, 24 de outubro.
Essa medida foi adotada para impedir que o Assaí tivesse que responder por dívidas tributárias do GPA, empresa da qual o Assaí foi parte até a cisão em 2020. Há atualmente cobranças em andamento da Receita Federal e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), que tentam atribuir ao Assaí responsabilidade solidária por passivos tributários.
O fato relevante aponta que as “contingências do GPA ainda em discussão” somam aproximadamente R$ 36 milhões, dos quais o Assaí argumenta que não possui responsabilidade. “Os instrumentos da cisão concluída em 31 de dezembro de 2020 preveem que não há solidariedade entre as companhias quanto a passivos gerados até a data da cisão, nos termos do art. 233, parágrafo único, da Lei das Sociedades por Ações, sendo cada parte individualmente responsável por seus passivos”, como indicado no documento enviado.
Com a medida cautelar apresentada, o Assaí solicita que a venda de ações do GPA pelo Casino esteja condicionada à garantia de que o GPA assumirá responsabilidade pelos valores reclamados pela Receita Federal. A ação também requer que o GPA forneça garantias adequadas para proteger o Assaí de possíveis contingências tributárias referentes ao período anterior à cisão.
Ibama Aprova Resultado de Simulado da Petrobras (PETR4) na Foz do Amazonas
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aprovou o teste de resposta a emergências realizado pela Petrobras (PETR4) na Bacia da Foz do Amazonas, embora tenha solicitado ajustes antes da concessão de uma licença para perfuração na área. Esses detalhes foram revelados em documentos revisados pela Reuters.
O teste, que foi conduzido em agosto, é descrito pela Petrobras como uma etapa final antes que o Ibama decida se concederá a licença necessária para perfurar em águas profundas na região, um objetivo que a empresa busca há anos. Por meio desse teste, a companhia tinha a responsabilidade de demonstrar sua capacidade de gerenciar potenciais acidentes, como vazamentos, em uma área considerada ambientalmente sensível.
Conforme o parecer técnico do Ibama, “Comunico à Petrobras que a APO realizada foi considerada aprovada pelo Ibama, devendo a operadora apresentar os ajustes requeridos pelo Ibama para a finalização do processo de elaboração da licença de operação para a atividade proposta”.
Cogna (COGN3), Yduqs (YDUQ3) e Alerta do Censo do INEP
Na terça-feira, 23 de outubro, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) tornou público o resultado do Censo Superior de 2024, com informações sobre o ensino superior no Brasil. Os dados geraram preocupações entre analistas do setor em relação a empresas como Cogna (COGN3), Yduqs (YDUQ3) e outros players do mercado educacional.
Dentre os principais pontos destacados no censo, está a desaceleração do crescimento da base de estudantes nas instituições de ensino superior privado. O total de estudantes chegou a 8,2 milhões em 2024, apresentando um crescimento de apenas 3,2% em comparação com 7,3% em 2023 e 6,6% em 2022.
Os analistas da BTG Pactual, liderados por Samuel Alves, comentaram: “Nossa leitura preliminar é que o censo aponta para uma clara desaceleração no crescimento do setor. Mantemos uma postura cautelosa em relação ao setor de educação no Brasil.”
Cyrela (CYRE3) Anuncia Pagamento de Dividendos
A Cyrela (CYRE3) anunciou que o pagamento de R$ 391,6 milhões em dividendos, aprovado pelo seu conselho de administração, ocorrerá no dia 2 de outubro de 2025. Esse montante representa um valor de R$ 1,0691 por ação ordinária.
Os acionistas que terão direito a esses dividendos são aqueles que possuíam suas ações registradas na companhia até 25 de abril de 2025. A partir de 28 de abril, as negociações serão realizadas “ex-dividendos”, o que significa que não será mais possível garantir a recepção desse pagamento. O repasse ocorrerá em uma única parcela, não sendo prevista atualização monetária ou juros entre a data da declaração e a data de entrega aos acionistas.
Motiva (MOTV3) Revisa Metas de Eficiência
A Motiva (MOTV3), que atua na concessão de infraestrutura de transporte de passageiros, divulgou nesta quinta-feira, 25 de outubro, uma atualização em suas metas de eficiência para os próximos anos. A empresa passa a prever um índice de custos operacionais (opex) sobre a receita líquida inferior a 28% até 2035.
Anteriormente, a meta para esse indicador estava fixada em 35%. No fechamento do primeiro semestre, a companhia já havia apresentado um índice de 38%. Além disso, as demais metas estabelecidas, como um crescimento médio anual (CAGR) do Ebitda ajustado entre 8% e 10%, e a expectativa de reciclagem de capital variando de R$ 5 bilhões a R$ 10 bilhões, foram mantidas conforme o fato relevante enviado ao mercado.
*Com informações da Reuters
Fonte: www.moneytimes.com.br