Pesquisa Revela Intenções de Investimento em Renda Variável
Um estudo recente realizado pela XP Investimentos, envolvendo a participação de 109 assessores financeiros, indicou que, em setembro, houve um aumento na intenção dos investidores voltarem suas atenções para a renda variável. No entanto, o levantamento também revelou uma queda na alocação efetiva de recursos nessa categoria.
Aumento na Intenção de Investimento
Conforme os dados coletados, 23% dos clientes manifestaram planos de aumentar sua exposição em ações, uma ligeira alta em comparação aos 21% registrados no mês anterior. Em contrapartida, apenas 8% dos investidores demonstraram a intenção de reduzir suas alocações em ações, uma diminuição significativa em relação aos 16% observados em agosto. A porcentagem de investidores que não pretende alterar sua alocação cresceu, subindo de 64% para 69%.
Queda na Alocação em Ações
Apesar do aumento na intenção de investimento, a alocação real em ações apresentou uma queda. A proporção de investidores que possui até 10% de sua carteira em ações subiu de 42% para 53%. Por outro lado, a quantidade de investidores com de 10% a 25% de alocação em ações reduziu de 35% para 26%. A categoria de 25% a 50% de alocação permaneceu estável em 17%, enquanto aqueles que mantêm mais de 50% em ações decresceu de 6% para 5%.
Sentimento em Relação à Bolsa de Valores
O apetite pelo mercado de ações parece ter melhorado ligeiramente. Em setembro, 71% dos investidores atribuíram notas de 7 ou mais ao desempenho da Bolsa, em contraste com os 54% registrados em agosto. A média das notas atribuídas subiu de 6,2 para 6,9 pontos. As projeções para o Ibovespa em 2025 também apresentaram melhoria, passando de 135 mil para 141 mil pontos, embora ainda abaixo dos atuais 145 mil pontos, resultado de um rali recente no mercado.
Preferências de Investimento e Riscos Associados
No que diz respeito à escolha de ativos, a renda fixa continua sendo a opção mais popular entre os investidores, embora tenha registrado uma leve queda de 77% para 75%, conforme os dados da XP Investimentos. O interesse em ações, por sua vez, aumentou de 31% para 37%, enquanto o interesse em fundos imobiliários também subiu, passando de 30% para 36%. No entanto, os investimentos em mercados internacionais tiveram uma queda de 48% para 39%.
Preocupações com Riscos no Mercado
Em relação aos riscos, a política fiscal continua a ser a maior preocupação para os investidores, com a porcentagem registrada levemente oscilando de 41% para 40%. A instabilidade política apresentou um aumento, subindo de 28% para 29%, e o receio de juros mais altos no Brasil cresceu de 5% para 9%.
Ao abordar o impacto dos cortes de juros nos Estados Unidos, 63% dos investidores afirmaram que não perceberam efeitos significativos em suas carteiras. Por outro lado, 17% relataram um aumento em suas ações no Brasil, enquanto 15% perceberam um impacto positivo em ativos internacionais.