Atualização Mensal do Portfólio
Análise do Mercado
Jim Cramer e Jeff Marks, o diretor de análise de portfólio do clube, conduziram, na quinta-feira, uma revisão de todos os 31 ativos da carteira durante a Reunião Mensal de Setembro. Os dois discutiram as melhores maneiras de atuar no mercado de ações nos últimos meses de 2025, levando em consideração decisões de política monetária do Federal Reserve, as ações tarifárias do presidente Trump, a influência da China e outros fatores relevantes.
Desempenho das Ações
Apple: Cramer desconsiderou o pessimismo de Wall Street em relação aos novos modelos do iPhone 17, afirmando que as novas versões do dispositivo são uma grande oportunidade financeira, especialmente quando se considera o valor de troca combinado com incentivos de operadoras como Verizon ou T-Mobile. Ele afirmou: "Mal posso esperar para fazer o upgrade."
Amazon: Há um potencial positivo para as ações dessa empresa de tecnologia, especialmente se a expansão da margem continuar. Isso pode ser alcançado, em parte, pela redução dos custos de atendimento ao cliente, especificamente na área de comércio eletrônico. Além disso, espera-se uma reaceleração no crescimento de sua unidade de nuvem, Amazon Web Services, que não teve o mesmo crescimento que os concorrentes Google Cloud e Microsoft Azure no segundo trimestre.
Abbott Laboratories: As ações costumam apresentar grandes movimentações seguidas de consolidação. Com um preço em torno de 24 vezes os lucros, a orientação é manter esse investimento em tecnologia médica e farmacêutica de alta qualidade o máximo possível, pois a qualidade neste setor é escassa.
Broadcom: Apesar da crença em um futuro promissor para a Broadcom, a disciplina de investimento não pode ser negligenciada. Por isso, a empresa realizou a venda parcial das ações após o seu peso na carteira ter crescido bem acima de 5%.
Boeing: Esta é a mais recente adição ao portfólio. A posição foi iniciada com a expectativa de que a empresa se beneficiaria das políticas comerciais do presidente Donald Trump, que aumentariam a demanda por suas aeronaves. Além disso, há uma interessante recuperação da saúde financeira da gigante aeroespacial. Cramer afirmou que as ações têm o maior potencial de valorização em longo prazo entre todos os ativos da carteira.
BlackRock: Cramer descreveu essa empresa financeira como uma “ação de mercado em alta”, uma vez que se beneficia do aumento dos preços dos ativos. Isso, no entanto, não torna seu desempenho inferior em relação a alguns dos grandes bancos mais agradável. O CEO Larry Fink tem investido em áreas de rápido crescimento e altas taxas, como infraestrutura, o que é considerado uma estratégia inteligente.
Bristol Myers Squibb: A posição nessa empresa está atrelada ao Cobenfy, seu medicamento para esquizofrenia que enfrentou um retrocesso em ensaios clínicos no início do ano. Apesar disso, a fé não foi totalmente perdida, pois há mais estudos programados para serem divulgados, especialmente um que investiga o Cobenfy em casos de psicose relacionados ao Alzheimer, o que poderia melhorar a percepção em torno das ações. A orientação é esperar pacientemente neste momento.
Capital One: Oportunidades de valorização para estas ações aumentaram agora que a aquisição da Discover foi finalizada. A expectativa é de mais recompra de ações, dado o excesso de capital disponível. Cramer também elogiou a equipe de gestão da Capital One, afirmando que "[CEO] Richard Fairbank é um operador extraordinário."
Costco: As recentes dificuldades enfrentadas pelas ações podem ser atribuídas a uma variedade de fatores, que vão desde sua percepção como uma ação de segurança até a concorrência da Amazon no setor de entregas de supermercado no mesmo dia. No entanto, isso não significa que a Costco esteja enfrentando dificuldades em suas operações. Na verdade, é o oposto. Embora alguns investidores possam estar preocupados com a avaliação atual, a visão de longo prazo permanece positiva.
Salesforce: As ações de software como serviço têm enfrentado desafios há algum tempo, mas a situação na Workday pode indicar que a Salesforce já pagou um preço alto o suficiente. Embora não se recomende a compra de Salesforce neste momento, a venda também não é recomendada antes da importante conferência Dreamforce.
CrowdStrike: As ações dispararam na quinta-feira após a empresa estabelecer uma ambiciosa meta de receita anual recorrente (ARR) de US$ 20 bilhões para os próximos dez anos. Essa confiança da gestão é mais uma razão para valorizar a principal empresa do setor de cibersegurança. As ações podem não ser baratas, mas isso vem sendo justificado.
Cisco Systems: Esta ação continua a ser mantida, apesar de seu recente desempenho inferior. A paciência é recompensada com os dividendos consistentes da Cisco. Entretanto, espera-se mais dessa parceria com a Nvidia, que também faz parte do portfólio.
DuPont: A empresa avançou em direção ao seu planejado desmembramento, hospedando Dias do Investidor tanto para o novo portfólio da DuPont quanto para a futura spin-off Qnity Electronics. Esta última, que é mais atrativa como uma operação focada na indústria de semicondutores, deve apresentar crescimento de receita na casa de dígitos baixos. Cramer acredita que a Qnity está subavaliada em comparação com seus pares e que o desmembramento deve liberar mais valor.
Danaher: Investir na Danaher tem sido desafiador. A China ainda representa um obstáculo, mas a empresa anunciou um grande programa de recompra de ações, e a perspectiva de valor não deve ser descartada.
Disney: As ações do gigante do entretenimento estagnaram devido à percepção de que o negócio de parques temáticos da Disney está muito custoso. No entanto, essa visão não é compartilhada por todos, uma vez que muitos clientes ainda frequentam os parques. Apesar disso, o clube tem aguardado resultados há um tempo, sem muito lucro, e isso gera frustração.
Dover: O desempenho das ações foi decepcionante, especialmente após resultados trimestrais insatisfatórios. Apesar disso, a confiança na empresa permanece, visto que as expectativas para o futuro ainda são positivas, com um bom impulso em pedidos e aquisições estratégicas realizadas com o capital.
Eaton: No caso de uma queda do preço das ações, a compra de mais ações seria considerada, especialmente porque a empresa deve se beneficiar do aumento dos gastos com IA nos centros de dados.
GE Vernova: Apesar de ser uma ação cara, a propriedade da GE Vernova é interessante devido à construção de infraestrutura de dados, que demanda grande quantidade de energia que suas turbinas a gás ajudam a gerar. Aumento na capacidade de produção seria bem-vindo, dada a demanda.
Goldman Sachs: A empresa tem diversas vantagens, e Cramer prevê crescimento adicional para a divisão de banco de investimento da Goldman, à medida que o número de IPOs e fusões e aquisições continua a aumentar. Além disso, o setor de gestão de patrimônio está se tornando mais atraente.
Home Depot: A próxima ação no portfólio deve ser uma redução. A recuperação do mercado habitacional não ocorreu conforme o esperado, o que aumenta os riscos para a Home Depot. Sem esse catalisador, há pouco motivo para comprar mais ações dessa varejista de materiais de construção.
Honeywell International: Não se deve esperar que essa ação industrial apresente grandes movimentações até que seu desmembramento esteja completo. As ações têm ficado aquém do esperado, numa fase que alguns chamam de "purgatório do desmembramento". Cramer mencionou: "Estamos passando por um momento excruciante, mas não posso desistir do valor."
Linde: O fabricante de gases industriais enfrenta um ambiente de mercado desafiador. Contudo, a Linde continua a entregar resultados satisfatórios para os acionistas a cada trimestre. Eventualmente, esses mercados devem voltar a crescer.
Eli Lilly: Não há planos de redução na posição em Eli Lilly, apesar da recente valorização. A empresa foi a terceira melhor performance desde a Reunião Mensal de agosto, recuperando-se de uma venda brutal no mês passado. Cramer acredita que os GLP-1s orais da Lilly representarão uma transformação para o fabricante de medicamentos mais valioso do mundo.
Meta Platforms: A preferência por essa ação é impulsionada pela dominância da empresa no mercado publicitário. A utilização bem-sucedida de IA generativa por parte da Meta contribui para isso. "Às vezes, penso que enquanto houver publicidade, teremos que possuir ações da Meta", enfatizou Cramer.
Microsoft: Similar à Broadcom, a Microsoft é uma opção de investimento a longo prazo atraente. Podem ser realizadas vendas quando o peso da ação na carteira se tornar excessivo, mas todas as razões para mantê-la seguem pertinentes.
Nvidia: Qualquer consideração sobre a possibilidade de desfazer a posição em Nvidia em favor de Advanced Micro Devices deve ter sido descartada após a Nvidia anunciar uma parceria com a Intel para CPUs em centros de dados. Essa parceria deve conter as intenções da AMD de desafiar a liderança da Nvidia em GPUs.
Palo Alto Networks: A outra ação de cibersegurança entre os ativos do clube não será barata, assim como a CrowdStrike. O múltiplo elevado de preço sobre lucro é justificado, pois a empresa é uma líder clara no atrativo mercado de cibersegurança.
Starbucks: O plano de recuperação da gigante do café sob a liderança de Brian Niccol, que anteriormente dirigiu a Chipotle, parece promissor. A Starbucks precisa reformular sua experiência dentro das lojas e reconquistar clientes. "Essa será uma ação fantástica", disse Cramer.
TJX Companies: Em seus anos de posse dessa ação, Cramer observou que este é o melhor momento para os lucros que ele já presenciou, considerando a TJX a melhor performer do trimestre no varejo. O proprietário da Marshalls destaca-se pelos ótimos preços em roupas, decoração e mais.
Texas Roadhouse: Neste momento, tudo se resume aos futuros do gado. Os preços dispararam devido ao pequeno tamanho do rebanho. Cramer acredita que esses preços irão cair, permitindo que as ações da Texas Roadhouse se valorizem para US$ 200 em poucas semanas após essa queda.
Wells Fargo: Há boas perspectivas para o banco. A administração aumentou as recompra de ações, o que é bem visto. Além disso, a Wells Fargo está assumindo uma postura mais proativa agora que o teto de ativos de US$ 1,95 trilhões foi removido. A empresa também está se diversificando em novos negócios baseados em taxas, como banco de investimentos.
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