Lucro da Aura Minerals no Terceiro Trimestre de 2025
A Aura Minerals (AURA33) divulgou nesta terça-feira, 4 de outubro, um lucro líquido de US$ 5,6 milhões referente ao terceiro trimestre de 2025. Esse resultado representa uma reversão significativa quando comparado ao prejuízo de US$ 11,9 milhões registrado no mesmo período do ano anterior.
Desempenho Operacional
Conforme comunicado da empresa, a variação positiva em relação ao terceiro trimestre de 2024 foi impulsionada principalmente por um aumento de 125% no lucro operacional. Esse crescimento foi incentivado pela elevação da receita líquida, embora tenha sido parcialmente contrabalançado pelo aumento das despesas financeiras, que incluem perdas com derivativos de ouro, além de impostos de renda corrente, o que era esperado diante do crescimento do resultado operacional.
Produção e Vendas
A produção total da Aura no terceiro trimestre de 2025 alcançou 74.227 onças equivalentes de ouro ("GEO"). Esse número representa um aumento de 16% em comparação com o segundo trimestre de 2025 e um crescimento de 9% em relação ao terceiro trimestre de 2024, com base nos preços atuais dos metais. Quando considerados os preços constantes, a produção trimestral atingiu um recorde histórico, com crescimento de 17% em relação ao segundo trimestre de 2025 e de 15% comparado ao terceiro trimestre de 2024.
De acordo com o comunicado, a produção recorde foi atribuída ao avanço operacional da mina de Almas, cuja produção subiu de 12.917 GEO no segundo trimestre de 2025 para 15.088 GEO no terceiro trimestre. Além disso, destacou-se o primeiro trimestre completo de produção na mina de Borborema, que registrou 10.219 GEO no terceiro trimestre, em contraste com 2.577 GEO no trimestre anterior. A consistência operacional das minas de Apoena, Aranzazu e Minosa também contribuiu para esse desempenho.
O volume total de vendas atingiu 74.907 onças equivalentes de ouro (GEO) no terceiro trimestre de 2025, o que representa um aumento de 20% em relação ao segundo trimestre e de 10% em comparação ao terceiro trimestre do ano anterior, considerando os preços atuais dos metais.
Receita e EBITDA Ajustado
A receita líquida da Aura Minerals estabeleceu um novo recorde histórico de US$ 247,8 milhões no terceiro trimestre de 2025, refletindo um aumento de 30% em comparação com o segundo trimestre e um crescimento de 59% em relação ao terceiro trimestre de 2024. Esse desempenho foi impulsionado principalmente pela valorização do preço do ouro, juntamente com um aumento no volume de vendas durante o trimestre. A empresa informou que o preço médio de venda do ouro alcançou US$ 3.385 por onça no trimestre, representando um aumento de 6% em comparação com o segundo trimestre e 40% em relação ao terceiro trimestre do ano anterior, quando o preço era de US$ 2.413 por onça.
O EBITDA ajustado da companhia atingiu um novo recorde de US$ 152,1 milhões no terceiro trimestre de 2025, representando um crescimento de 43% em relação ao segundo trimestre e um aumento de 95% na comparação anual. Este é o quinto trimestre consecutivo em que a empresa registra crescimento recorde. A margem EBITDA expandiu de forma significativa, com um aumento de 11 pontos percentuais no comparativo sazonal, chegando a 61% no terceiro trimestre.
Dívida e Alavancagem Financeira
A Dívida Líquida da companhia totalizou US$ 63,8 milhões ao final do terceiro trimestre de 2025, o que representa uma redução expressiva de 77% em comparação com o segundo trimestre e 56% abaixo do mesmo período em 2024. A alavancagem financeira, medida pela relação entre a dívida líquida e o EBITDA ajustado, caiu para 0,15x no terceiro trimestre de 2025, em comparação a 0,81x no encerramento do segundo trimestre e 0,63x no ano anterior.
Perspectivas Futuras
Rodrigo Barbosa, presidente e CEO da Aura, destacou o compromisso da empresa em gerar valor consistente para os acionistas. Ele mencionou a importância da distribuição trimestral de dividendos, a progressão na aquisição da MSG e o cumprimento das metas de produção e custos para 2025, que estão projetadas entre 266.000 e 300.000 GEO.
Fonte: www.moneytimes.com.br