Negociações de Empréstimos para a Argentina
Bancos de grande porte, incluindo JP Morgan, Bank of America, Goldman Sachs e Citi, estão atualmente em discussões com o Tesouro dos Estados Unidos para fornecer até US$ 20 bilhões em empréstimos para a Argentina. A informação foi divulgada pelo site Semafor na quinta-feira (16), com base em fontes que possuem conhecimento sobre o tema.
Linha de Financiamento e Swap Cambial
O Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou na quarta-feira que a instituição está colaborando com bancos e fundos de investimento para estabelecer uma linha de financiamento de US$ 20 bilhões destinada a investimentos na dívida soberana argentina. Bessent comentou que esta nova linha de financiamento funcionaria paralelamente a uma linha de swap cambial, também de US$ 20 bilhões, entre os Estados Unidos e a Argentina. Com isso, a soma total de apoio financeiro seria de US$ 40 bilhões, um montante significativo para a terceira maior economia da América Latina.
Venda de Pesos Argentinos e Respostas dos Bancos
Uma fonte informou à Reuters que o Citi vendeu pesos argentinos ao Federal Reserve dos EUA como parte do programa do Tesouro. A Bloomberg foi a primeira a reportar sobre a participação do Citi nessa operação. Quando abordados pela Reuters sobre as informações publicadas pelo Semafor, o Bank of America, Goldman Sachs, JPMorgan e Citi optaram por não comentar. Até o momento, a Argentina também não se manifestou sobre as negociações. O Citi, por sua vez, não respondeu ao pedido de comentários referente à venda de pesos ao Federal Reserve.
Comentários do Presidente Donald Trump
Na terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que o país "não perderia tempo" com a Argentina caso o partido do presidente Javier Milei venha a sofrer uma derrota nas eleições parlamentares programadas para o dia 26 de outubro. Apesar dessa afirmação, Bessent esclareceu que os Estados Unidos continuarão a fornecer apoio financeiro à Argentina, desde que o governo de Milei mantenha "boas políticas", independentemente do resultado das eleições.
Fonte: www.moneytimes.com.br