Bom Dia – – 26 de setembro de 2025
Este é o Bom dia -, com tudo o que você precisa saber antes da Bolsa abrir!
Bolsas Mundiais
Os futuros americanos estão em alta, enquanto os investidores aguardam a divulgação do índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE), que é um dos indicadores preferidos do Federal Reserve (Fed) para monitorar a inflação. O resultado do PCE poderá influenciar as expectativas quanto a um possível corte de juros em outubro. A antecipação desses dados pode aumentar a pressão negativa sobre as bolsas globais e manter as taxas de juros e o dólar em patamares elevados.
No cenário dos Estados Unidos, os índices futuros operam no território positivo. O índice PCE, que será divulgado hoje, é o foco das atenções dos investidores.
O presidente Donald Trump anunciou a implementação de novas tarifas sobre produtos farmacêuticos, caminhões pesados, móveis e itens de banheiro e cozinha. Essas tarifas, que entrarão em vigor em 1º de outubro, variam de 25% a 100%. Produtos farmacêuticos terão a tarifa máxima de 100%, a menos que a empresa produtora esteja construindo uma fábrica nos Estados Unidos.
A divergência interna do Fed sobre a trajetória dos juros tem gerado incerteza quanto ao futuro dos juros no país. Enquanto Stephen Miran e Michelle Bowman defendem cortes devido à fragilidade do mercado de trabalho, Austan Goolsbee e Jeff Schmid sinalizam riscos inflacionários e pedem cautela.
Para a próxima semana, os Estados Unidos divulgarão sua tradicional série de dados sobre emprego da primeira semana do mês, com o relatório de empregos (payroll) sendo o destaque na sexta-feira (3), o que poderá ajudar a definir as expectativas sobre os próximos passos do Fed. O mercado internacional também estará atento à divulgação dos PMIs (Purchasing Managers’ Index).
Na Europa, as bolsas estão em alta, enquanto os investidores avaliam os anúncios recentes sobre a política comercial da Casa Branca.
Petróleo: Os preços do petróleo estão caminhando para alcançar o maior ganho semanal em mais de três meses, como resultado do aumento da pressão de Trump sobre compradores de energia russa.
Mercados na Ásia
Os mercados asiáticos fecharam em baixa, influenciados negativamente pelas ações do setor farmacêutico, após o presidente Donald Trump anunciar uma nova série de tarifas, incluindo uma sobretaxa de 100% sobre medicamentos de empresas que não estão construindo fábricas nos EUA.
O índice japonês Nikkei caiu 0,87% em Tóquio, fechando a 45.354,99 pontos, sendo impactado por grandes companhias farmacêuticas como Sumitomo Pharma (-3,45%), Chugai Pharmaceutical (-4,8%) e Daiichi Sankyo (-2%).
Na Coreia do Sul, as ações da SK Biopharmaceuticals e da Samsung Biologics apresentaram quedas de 3,5% e 2,15%, respectivamente. O índice Kospi recuou 2,45% em Seul, encerrando o dia a 3.386,05 pontos, marcando o terceiro pregão consecutivo de perdas.
As empresas farmacêuticas chinesas também exerceram pressão negativa no Hang Seng, que caiu 1,35% em Hong Kong, fechando a 26.128,20 pontos, com quedas significativas de Alibaba Health Information Technology e JD Health International, que desvalorizaram 5,2% e 4,5%, respectivamente.
Na China continental, o índice Xangai Composto registrou uma baixa de 0,65%, a 3.828,11 pontos, enquanto o Shenzhen Composto sofreu um declínio de 1,54%, fechando a 2.470,73 pontos. Em Taiwan, o índice Taiex recuou 1,70%, a 25.580,32 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana teve um desempenho positivo, superando o clima pessimista da Ásia, impulsionada pelo setor de seguros e de mineração. O S&P/ASX 200 avançou 0,17% em Sydney, encerrando o dia a 8.787,70 pontos, marcando o segundo dia consecutivo de alta.
Preços de Commodities
Petróleo: Os futuros internacionais do petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 65,09, com uma alta de 0,17%. O petróleo Brent é negociado a US$ 69,48, com uma elevação de 0,09%.
Bitcoin: A criptomoeda é negociada a US$ 109.561,00, apresentando uma leve queda de 0,04%.
Ouro: Atualmente, o ouro é negociado a US$ 3.753,85 a onça-troy, com um aumento de 0,24%.
Minério de Ferro: O minério de ferro na bolsa de Dalian apresenta uma queda de 1,74%, sendo negociado a 790 iuanes (equivalente a US$ 110,72).
Brasil
Financiamento Imobiliário: O presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, declarou na quinta-feira (25) que é necessário reavaliar o modelo de financiamento imobiliário que é sustentado, principalmente, pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Segundo Vieira, o FGTS corre o risco de enfrentar uma “grande crise” devido à concorrência crescente com novas medidas que exigem os recursos do fundo.
A afirmação foi feita durante o Rio Construção Summit, realizado no Rio de Janeiro. Vieira destacou que, apesar do Brasil viver um momento de geração de empregos e saldo positivo no FGTS, a expansão de projetos de lei que permitem novas modalidades de saque comprometem a sustentabilidade do modelo atual.
Ele citou, por exemplo, o PL 807/2023, que prevê a possibilidade de saque do fundo por mulheres em situação de vulnerabilidade, que são vítimas de violência doméstica e que receberem benefício temporário da Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS). De acordo com Vieira, iniciativas como essa, embora socialmente importantes, podem prejudicar o equilíbrio do FGTS. Ele alertou que a aprovação dessa medida poderia retirar até R$ 70 bilhões do fundo.
Vieira lembrou que o FGTS foi criado em 1966 com dois objetivos principais: oferecer uma reserva ao trabalhador em caso de demissão ou aposentadoria e financiar o crédito imobiliário, enquanto os recursos permanecessem depositados. “O alerta é necessário, pois atualmente existem elementos concorrenciais que afetam o princípio básico do FGTS. A introdução de novos usos compromete a sustentabilidade da estrutura”, afirmou o presidente da Caixa.
Segundo ele, a revisão das formas de utilização do fundo é crucial para preservar a função histórica do FGTS e garantir a continuidade do financiamento habitacional no Brasil.
Economia
Azul-Gol: A Abra Group, controladora indireta da Gol (GOLL4), informou à Azul (AZUL4) que encerrou as discussões sobre uma possível combinação de negócios. Essa informação foi divulgada em um fato relevante da Gol enviado ao mercado na noite de quinta-feira, 25.
A Abra indicou que, após a assinatura do Memorando de Entendimentos em 15 de janeiro de 2025, ficou disposta a continuar as discussões sobre a combinação de negócios e que novas conversas podem ocorrer paralelamente ao processo de recuperação judicial (Chapter 11) da Azul.
“Entretanto, as partes não tiveram discussões significativas ou não progrediram em uma possível operação de combinação de negócios durante vários meses, devido ao foco da Azul em seu processo de Chapter 11”, ressaltou a Abra.
Em outro fato relevante, a Gol informou ter enviado à Azul um comunicado solicitando a rescisão dos acordos firmados em maio de 2024, que tinham o objetivo de estabelecer uma cooperação comercial via códigos compartilhados para conectar suas malhas aéreas no Brasil. “Em nosso compromisso com os clientes, a Gol honrará todos os bilhetes vendidos no âmbito da parceria”, afirmou a empresa.
Fiesp: A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) elegeu sua nova diretoria para o mandato de 2026-2029 e realizou sua primeira reunião de trabalho na quinta-feira, 25. A chapa liderada pelo presidente Paulo Skaf foi eleita com 99% dos votos válidos.
Toyota: A montadora suspendeu a produção em suas unidades no Brasil devido a uma forte tempestade que afetou a planta de Porto Feliz (SP), onde são fabricados os motores da marca. Devido aos danos na unidade de Porto Feliz, as fábricas de Indaiatuba e Sorocaba, que dependem da planta, também interromperam suas atividades.
Santander Brasil: O banco anunciou na quinta-feira (25) a aprovação de um novo programa de recompra de ações, que prevê a aquisição de até 37.463.477 units. Cada unit (SANB11) é composta por uma ação ordinária e uma preferencial. Considerando o fechamento das ações a R$ 28,58 por unit na última sessão, a operação pode movimentar cerca de R$ 1 bilhão. O programa também incluirá os ADRs (American Depositary Receipts) do banco que são negociados na Bolsa de Nova York.
De acordo com o comunicado ao mercado, o objetivo do programa é maximizar a geração de valor para os acionistas e viabilizar o pagamento a administradores, executivos e outros funcionários por meio de planos de bonificação em ações. O prazo de vigência do programa será de 18 meses, com término previsto para 26 de março de 2027.
Agenda Econômica
08h30 – BC: Setor Externo de agosto
09h30 – EUA: PCE de agosto
11h00 – EUA/Universidade de Michigan: Índice de Sentimento do Consumidor final de setembro
14h00 – EUA/Baker Hughes: poços e plataformas de petróleo em operação
Eventos
10h00 – EUA: Tom Barkin (Fed/Richmond) participa de evento
14h00 – EUA/Fed: Michelle Bowman participa de evento
Ibovespa e Dólar no Último Pregão
Ibovespa: O principal índice do mercado brasileiro encerrou em baixa de 0,81%, aos 145.306 pontos, com um volume negociado de R$ 14,3 bilhões, abaixo da média esperada.
Maiores Altas do Ibovespa
- NATU3: +2,34% – R$ 9,18
- MGLU3: +1,29% – R$ 11,02
- ABEV3: +0,65% – R$ 12,46
- PRIO3: +0,62% – R$ 39,15
- UGPA3: +0,61% – R$ 21,40
Maiores Baixas do Ibovespa
- RAIZ4: -7,27% – R$ 1,02
- CSAN3: -7,01% – R$ 6,23
- ASAI3: -5,37% – R$ 9,17
- MRVE3: -5,33% – R$ 7,46
- YDUQ3: -5,17% – R$ 12,84
Dólar: Encerrou o dia em alta de 0,70%, cotado a R$ 5,3650.
IFIX: O índice registrou uma alta de 0,13%, fechando a 3.568,94 pontos.
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Fonte: CNBC, Valor Investe, G1, BDM, InfoMoney. Atualização: 7h30 (horário de Brasília)
Fonte: br.-.com