Análise do Bradesco BBI sobre Eletrobras
O Bradesco BBI revisou seu preço-alvo para as ações da Eletrobras (código ELET6), elevando a expectativa de R$ 83 para o final de 2026. Essa alteração representa um potencial de alta de 56% para o ativo. A recomendação da instituição para os investidores é de compra, destacando a elétrica como uma das principais opções dentro do setor de utilities e ressaltando o foco nos dividendos da companhia.
Revisão das Projeções
Conforme informado pelos analistas da instituição, essa revisão na recomendação reflete uma perspectiva mais positiva em relação aos preços da energia no longo prazo. Foi feita uma estimativa de ajuste para o valor de R$ 210 por megawatt-hora (MWh) até 2030, em comparação com os R$ 180 por MWh considerados anteriormente. Esse ajuste adiciona R$ 13 ao valuation das ações da Eletrobras.
Os analistas consideram que a análise fundamenta-se na exposição da central elétrica à geração de energia hidrelétrica, bem como à energia não contratada, as quais estão posicionadas para se beneficiar da maior volatilidade e da tendência de alta nos preços spot (à vista).
Segundo os especialistas, “a Eletrobras está bem posicionada para capturar o ciclo estrutural de valorização da energia elétrica, com ativos de geração que se tornam cada vez mais estratégicos em um cenário de oferta restrita e demanda crescente”.
Desempenho no Mercado
Na sessão de pregão da segunda-feira (29), as ações da Eletrobras figuraram entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV). Por volta das 14h50, as ações do tipo ELET6 apresentavam uma alta de 3,98%, cotadas a R$ 55,39, enquanto as ações ELET3 subiam 3,55%, sendo negociadas a R$ 52,49.
Dividendos Atrativos
O Bradesco BBI avalia que a Eletrobras deve continuar a distribuir dividendos consistentes, com a previsão de que esses valores variem entre R$ 8 bilhões e R$ 9 bilhões anualmente, apresentando um yield de 7% a 8%. Além disso, há um potencial adicional proveniente da venda de ativos que não são considerados essenciais, como a participação restante de 22% na ISA Energia e 68% na Eletronuclear.
Os analistas observam que a resolução da disputa judicial com a SEFAZ (Secretaria da Fazenda) pode liberar um valor relevante em relação à ISA Energia, e que o avanço do projeto Angra 3 pode tornar a venda da Eletronuclear mais viável.
“O ativo está sendo negociado a um desconto significativo em comparação com o valor patrimonial ajustado, e o cenário de alta nos preços da energia reforça a atratividade da análise no médio e longo prazo”, afirmam os analistas do Bradesco BBI.
Fonte: www.moneytimes.com.br