Temores das Forças Armadas Brasileiras
As Forças Armadas brasileiras expressam preocupação quanto à possibilidade de o Brasil ser “excluído” de um programa de transferência de equipamentos militares do governo dos Estados Unidos, especialmente em meio às tensões diplomáticas entre Washington e Brasília.
O Programa FMS
O programa em questão é o FMS (Foreign Military Sales), estabelecido pelos EUA com o objetivo de fortalecer a indústria, garantir a segurança interna e contribuir para a paz mundial. Este programa é visto como uma ferramenta de política externa que visa aumentar a capacidade defensiva de países aliados e a interoperabilidade entre as tropas.
Funcionamento do FMS
Na prática, o FMS permite a venda, muitas vezes a preços mais acessíveis em comparação com o mercado, de equipamentos militares avançados para governos considerados "parceiros". Além disso, o projeto autoriza a venda de equipamentos de segunda linha que estão disponíveis nos estoques do governo americano, também a preços mais acessíveis.
Aquisições Recentes do Brasil
Recentemente, o Brasil adquiriu, através do FMS, equipamentos de alta tecnologia, como mísseis, veículos blindados, aeronaves de transporte, componentes de suporte para caças F-5, além de sistemas navais, de comunicação, de guerra eletrônica e de inteligência.
Suspensão e Impactos
Um dos motivos que pode levar à suspensão da participação de um país no programa é a alteração no status das relações diplomáticas entre nações. O governo dos Estados Unidos, parceiro histórico das Forças Armadas brasileiras, cancelou a participação em eventos militares no Brasil, indicando um possível afrouxamento nas relações militares.
Escalada de Sanções
Militares brasileiros observam com preocupação a potencial escalada nas sanções dos Estados Unidos contra o Brasil. Existe um receio de que medidas mais severas impactem de forma "grave" projetos estratégicos da base industrial de defesa do país.
Consequências para a Indústria Bélica
As Forças Armadas temem que um aumento na tensão, no pior dos cenários, leve a embargos sobre componentes americanos que são essenciais para a indústria bélica nacional. Com uma escalada nas tensões, a manutenção de equipamentos poderia tornar-se inviável. Segundo fontes militares consultadas, uma ruptura nas relações com os Estados Unidos é considerada insustentável para a atual estrutura da defesa nacional.