BTG aponta grande potencial de valorização por meio do fluxo de caixa descontado, mesmo considerando o curto prazo.

Análise das Ações da Suzano (SUZB3)

As ações da Suzano (código SUZB3) estão enfrentando pressões devido à valorização do real e à queda nos preços da celulose. Apesar deste cenário desafiador, o BTG Pactual ressalta a disciplina da gestão, que se concentra na desalavancagem, com a meta de alcançar uma relação dívida líquida/Ebitda de 2,5 vezes até o final de 2026, partindo de uma relação ligeiramente acima de 3 vezes. Além disso, o foco na eficiência de custos é um dos pilares desta estratégia.

Situação do Mercado de Celulose

O BTG Pactual prevê a continuidade de um ambiente desafiador para a celulose, com uma taxa de operação global projetada em cerca de 90% por alguns anos, indicando uma leve superoferta. No entanto, as análises apontam para a possibilidade de um aumento nos preços no final do ano, devido a estoques menores e à sazonalidade do mercado, sustentam os analistas Leonardo Correa, Marcelo Arazi e Bruno Henriques.

Perspectivas da Joint Venture com a Kimberly-Clark

Quanto à joint venture com a Kimberly-Clark, o BTG espera que o fechamento do acordo ocorra por volta de meados de 2026, com marcos regulatórios e processos de carve-out previstos ao longo de 2025.

Diretrizes de Alocação de Capital

Em relação à alocação de capital, o BTG não prevê aquisições até pelo menos 2028. O investimento em capital (capex) deve ser reduzido em 2026, alinhando-se com a meta de desalavancagem. O foco deve ser a captura de valor a partir de investimentos recentes, que incluem a Kimberly-Clark, fluff e Aracruz. As recompras de ações continuam sendo consideradas, mas de forma seletiva, enquanto a prioridade estiver voltada para a redução da alavancagem.

Recomendações para Ações da Suzano (SUZB3)

O BTG Pactual ainda vê potencial de alta nas ações da Suzano, fundamentado na análise do fluxo de caixa descontado, que apresenta um múltiplo de aproximadamente 5,3 vezes o EV/Ebitda em 2026. Apesar da ausência de catalisadores no curto prazo, os analistas recomendam a compra das ações, estabelecendo um preço-alvo de R$ 73, o que representa um potencial de valorização de 52,85%.

Expectativas para os Custos

No que diz respeito à dinâmica de custos, o banco projeta uma melhora no custo de caixa por tonelada no terceiro trimestre de 2025 em comparação ao segundo trimestre de 2025, com uma tendência semelhante esperada para o quarto trimestre de 2025. A médio e longo prazo, os analistas enfatizam a redução nos custos gerais e administrativos (SG&A), bem como nas operações florestais e logísticas, utilizando tecnologia e inteligência artificial para otimizar esses processos.

A Importância do Acordo com a Eldorado

O negócio com a Eldorado é considerado significativo e gerador de valor para a Suzano, já que ajuda a reduzir o custo médio (raio) e otimiza o investimento em capex florestal. Buscas ativas por swaps de madeira estão sendo realizadas para ampliar a eficiência operacional.

Desafios e Oportunidades no Mercado

Analisando o cenário atual, os desafios de repassar aumentos recentes de custos são evidentes, no entanto, existem oportunidades para novos reajustes. O BTG aponta para estoques mais baixos na China e uma parte dos fornecedores integrados ainda comprando de terceiros. A gestão observa que cerca de 15% do mercado está enfrentando dificuldade financeira em relação aos preços praticados atualmente.

Tendências Futuras de Capacidade de Integração

Olhar para o futuro indica que a capacidade de integração da Suzano deverá crescer em um ritmo mais lento, especialmente após um pico de cerca de 5,0 milhões de toneladas nos últimos dois anos. A competitividade por parte da China aumentou, com os custos em dinheiro do CPV agora mais próximos de US$500 por tonelada, em comparação com cerca de US$550 anteriormente. Essa mudança é impulsionada pela queda no preço da madeira e pela redução do capex por tonelada, muitas vezes auxiliada por subsídios estatais.

As análises do BTG Pactual e as expectativas do mercado em relação à Suzano sugerem um ambiente misto, com desafios imediatos acompanhados de oportunidades estratégicas de crescimento e otimização de custos ao longo do tempo.

Fonte: www.moneytimes.com.br

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