Carteira de Pedidos da Embraer
A Embraer (EMBR3; NYSE: ERJ) alcançou um total de US$ 31,3 bilhões em sua carteira de pedidos no terceiro trimestre de 2025 (3T25). Esse número representa um crescimento de 5% em relação ao trimestre anterior e um aumento de 38% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Desempenho por Divisão
O principal destaque durante esse período foi a divisão de Aviação Comercial, que registrou um total de US$ 15,2 bilhões, refletindo um crescimento de 37% em comparação anual. Em seguida, a Aviação Executiva obteve US$ 7,3 bilhões, o que corresponde a um avanço de 65% no mesmo critério.
No segmento de Serviços e Suporte, a empresa anotou US$ 4,9 bilhões, um aumento de 40% em base anual. Para Defesa e Segurança, o total foi de US$ 3,9 bilhões, representando uma alta de 8% frente ao mesmo período do ano anterior.
Entregas de Aeronaves
No terceiro trimestre, a fabricante brasileira entregou um total de 62 aeronaves em suas diversas unidades de negócios. Esse resultado mostra um crescimento de 5% em relação às 59 entregas feitas no mesmo trimestre do ano anterior e também uma leve alta em comparação às 61 aeronaves entregues no segundo trimestre de 2025.
Acumulando os números do ano, as entregas nas divisões de Aviação Comercial e Aviação Executiva totalizaram 148 aeronaves, o que representa um aumento de 16% em relação às 128 aeronaves entregues no ano passado.
Destaque para o E195-E2
Desde setembro, os jatos E195-E2 da Embraer têm recebido destaque nas operações da empresa. Um marco importante foi o pedido da Avelo Airlines, que se tornou a primeira companhia aérea nos Estados Unidos a operar essa aeronave comercial, um destaque no portfólio da fabricante brasileira. O pedido firme foi para 50 aeronaves, com opções de compra para mais 50, totalizando um valor de tabela de US$ 4,4 bilhões, sem considerar os direitos de compra adicionais.
Em setembro, também foi anunciada a integração das aeronaves da empresa à frota da Latam, marcando um novo avanço com os jatos E195-E2. O acordo inclui o pedido de 74 aeronaves E195-E2, sendo 24 entregas firmes e 50 com opções adicionais. O valor deste pedido firme está estimado em cerca de US$ 2,1 bilhões, conforme os preços de tabela dos aviões.
Recentemente, a fabricante holandesa TrueNoord firmou um acordo para aquisição de 20 jatos E195-E2, com a opção de compra de mais 30 aeronaves, incluindo 20 unidades de E195-E2 e 10 novos E175-E1. O valor tabelado do contrato é de US$ 1,8 bilhão e se espera que esse pedido adicional seja incluído na carteira da Embraer no quarto trimestre de 2025.
Otimismo com as Ações da Embraer
Na última semana, as instituições financeiras Itaú BBA e BTG Pactual reafirmaram suas recomendações de compra para as ações da Embraer. Isso se deve ao reforço da confiança da empresa em manter um crescimento consistente em todas as suas divisões, além do anúncio de novos pedidos significativos durante o Investor Day 2025.
Segundo os analistas do BTG, o evento começou de forma promissora, com a Embraer anunciando um pedido firme da TrueNoord para 20 jatos E195-E2, que incluem opções de compra adicionais para 30 aeronaves — sendo 20 do modelo E195-E2 e 10 do modelo E175-E1. Esse contrato tem um valor tabelado de US$ 1,8 bilhão.
A Embraer é reconhecida como a terceira maior fabricante de aviões do mundo e vem registrando um aumento constante nas suas entregas anuais desde 2021, como parte da recuperação geral do setor aéreo após a pandemia. Para o ano de 2025, a empresa prevê entregar entre 77 e 85 jatos comerciais, um incremento em relação às 73 entregas realizadas em 2024.
O BTG também ressaltou que as declarações da gestão da empresa evidenciam que a Embraer já possui contratos e novos produtos que devem garantir um crescimento sustentável até o final da década. A curto prazo, o Itaú observa que a administração da companhia revelou confiança em atingir a margem EBIT projetada para o ano e acredita que uma redução das tarifas de 10% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos importados pode trazer efeitos positivos nos resultados esperados para 2026.
Fonte: www.moneytimes.com.br