Entrevista com o CEO da Palo Alto Networks
Na quinta-feira, durante uma entrevista com Jim Cramer da CNBC, o CEO da Palo Alto Networks, Nikesh Arora, levantou a questão da aceitação de navegadores impulsionados por inteligência artificial com autonomia por parte das empresas.
Preocupações com a segurança empresarial
Arora afirmou que, a menos que sejam implementados controles nos navegadores autônomos, que sejam focados em credenciais e segurança empresarial, é improvável que eles sejam aceitos nas corporações dentro de um prazo de 24 meses. Ele expressou um interesse pessoal na ideia de um navegador autônomo que pudesse realizar tarefas como a reserva de passagens aéreas, agendamento de reservas ou solicitação de corridas de Uber. No entanto, salientou que esses navegadores precisariam obter “credenciais” dos usuários, ressaltando a importância da disposição e capacidade dos usuários em conceder autonomia a essas ferramentas.
Desenvolvimento de navegadores autônomos
O CEO também previu que diversas grandes empresas de tecnologia irão desenvolver navegadores autônomos, observando que já estão investindo bilhões para criar e operar modelos avançados. Contudo, ele destacou que esses navegadores são “contraditórios ao ambiente empresarial”, já que as empresas se mostrariam cautelosas em relação à autonomia dos agentes de IA.
Aquisição da CyberArk
Arora mencionou os planos de sua empresa para adquirir a CyberArk, uma provedora israelense de segurança de identidade. O negócio, avaliado em 25 bilhões de dólares, seria a maior aquisição já realizada pela empresa de cibersegurança. Ele observou que uma parte significativa das violações de dados ocorre devido ao roubo de credenciais. Comparativamente, Arora indicou que, em relação a 15 ou 20 anos atrás, é atualmente mais fácil para um número maior de funcionários de uma empresa ter acesso a informações privilegiadas — referidas como “as joias da coroa” — o que significa que todos os empregados devem ser igualmente protegidos.
Gestão de acesso e segurança
Arora elogiou a CyberArk, afirmando que a empresa desenvolveu uma abordagem que minimiza a intrusão, a fricção e a latência ao gerenciar o acesso às “joias da coroa” e às credenciais de todos os usuários.
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