Desempenho do Portfólio Tradicional
A clássica composição de portfólio 60/40, que combina ações e títulos, já não oferece os retornos necessários aos investidores, levando a um aumento no interesse por alternativas, como fundos de hedge e crédito privado. Essa avaliação é feita por Jim DeWolfe, co-fundador e diretor de investimentos da Northside Capital.
Retornos dos Últimos 35 Anos
Nos últimos 35 anos, a conhecida mistura de 60% de ações e 40% de títulos globais resultou em uma rentabilidade anualizada de aproximadamente 6,6%, o que não leva em consideração as taxas associadas, conforme apontou DeWolfe. Para ele, essa performance não é suficiente para atender às metas de retorno de longo prazo de muitos investidores atualmente, razão pela qual um número crescente de investidores está reavaliando a construção de portfólios tradicionais.
Tendência em Alternativas
DeWolfe destacou que a falta de retorno satisfatório tem levado muitos allocadores a diversificar seus investimentos em classes de ativos alternativas. "Com rendimentos e avaliações pressionados, os investidores estão cada vez mais adotando alternativas para gerar retornos mais altos", afirmou. Ele observou um significativo fluxo de capital em direção a fundos de hedge e crédito privado. Apesar de os setores de capital privado e venture capital terem enfrentado um período de distribuição mais lento, ainda existe uma forte demanda por essas categorias.
Estrutura de Portfólios
Na Northside Capital, os portfólios são estruturados de forma "barbell", ou seja, equilibram oportunidades de mercado público com investimentos privados selecionados, que oferecem maior flexibilidade do que os fundos tradicionais de buyout. DeWolfe explicou: "Alguns dos investimentos privados que realizamos têm estruturas de capital comprometido, onde há distribuições consistentes. Eles não possuem o mesmo ciclo de vida de 10 anos com extensões que você veria em um fundo tradicional de private equity".
Importância dos Mercados Privados
DeWolfe também ressaltou a relevância dos mercados privados como uma maneira de acessar inovações e crescimento que, em grande parte, ainda estão fora do alcance do setor público. "Aproximadamente 85% das empresas com receitas superiores a 100 milhões de dólares são privadas", afirmou. "É fundamental estar nesse mercado para capturar uma parte significativa da economia".
Fonte: www.cnbc.com