CSN Lucrativa: Reversão de Prejuízo e Crescimento Operacional no 3T25 em um Cenário Favorável

Lucro Líquido da CSN no Terceiro Trimestre de 2025

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), identificada no mercado sob o código BOV:CSNA3, apresentou um lucro líquido de R$ 76 milhões no terceiro trimestre de 2025. Este resultado é significativo, uma vez que representa uma reversão em relação aos prejuízos registrados: R$ 751 milhões no mesmo trimestre do ano anterior e R$ 130 milhões no trimestre imediatamente anterior. Este desempenho positivo reflete uma recuperação operacional considerável e é influenciado de forma favorável pelas variações cambiais sobre as despesas financeiras.

Receita Líquida e Desempenho dos Segmentos

A Receita Líquida da CSN atingiu R$ 11.794 milhões no terceiro trimestre de 2025, apresentando um crescimento robusto de 10,3% quando comparada ao trimestre anterior, e um aumento de 6,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Este desempenho sólido é impulsionado principalmente pelo setor de mineração, que se beneficiou da recuperação nos preços do minério de ferro e da melhoria contínua nas operações. Adicionalmente, o segmento de cimentos obteve seus melhores resultados do ano, combinando volumes de vendas elevados com reajustes de preços. O segmento de logística também teve um papel importante, com aumento na movimentação de cargas, beneficiado pela sazonalidade positiva.

Ebitda Ajustado e Margens

De acordo com as informações fornecidas pela companhia, este é o primeiro trimestre do ano em que o grupo apresenta resultados positivos, sustentados pelo crescimento do Ebitda ajustado, que alcançou R$ 3,319 bilhões, correspondendo a uma alta de 45,3% em comparação anual. A margem Ebitda ajustada foi de 26,8%, o que destaca a melhora na eficiência operacional.

O terceiro trimestre foi caracterizado por recordes em produção e vendas na mineração, segundo melhor desempenho histórico na área de cimentos e o maior Ebitda já registrado no segmento de logística. Além disso, houve uma melhora na eficiência do processo siderúrgico, atingindo o menor custo de produção de placas nos últimos quatro anos.

Custo e Lucro Bruto

O Custo dos Produtos Vendidos (CPV) totalizou R$ 8.327 milhões no terceiro semestre de 2025, apresentando um crescimento de 4,5% em relação ao trimestre anterior, reflexo do maior volume comercializado em todos os segmentos. Comparativamente ao 3T24, o CPV se manteve estável, uma vez que o aumento nas embarcações de minério de ferro foi atenuado pela redução nos volumes de produtos siderúrgicos comercializados no período.

O Lucro Bruto alcançou R$ 3.467 milhões no 3T25, marcando um incremento de 27,2% em relação ao trimestre anterior e de 26,8% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. O desempenho positivo dos segmentos de mineração, cimentos e logística foi fundamental para o aumento da rentabilidade, resultando em uma Margem Bruta de 29,4%, o que representa uma expansão de 3,9 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e de 4,7 pontos percentuais em comparação anual.

Despesas e Resultados Financeiros

As despesas gerais e administrativas somaram R$ 1.560 milhões, apresentando um aumento de 4,2% em relação ao trimestre anterior, seguindo a sazonalidade das operações. O resultado financeiro foi negativo, totalizando R$ 1.443 milhões no 3T25, uma redução de 24,1% em relação ao trimestre anterior. Essa melhora se deu principalmente por conta de maiores rendimentos com aplicações financeiras, uma diminuição nos juros de captações em moedas estrangeiras e uma diminuição do impacto decorrente da redução na participação acionária na Usiminas.

Investimentos e Dívida Líquida

No terceiro trimestre de 2025, os investimentos foram de R$ 1.435 milhões, indicando um crescimento de 7,8% em relação ao trimestre anterior, alinhado com a sazonalidade e os avanços nas obras de infraestrutura na mineradora P15. A Companhia continuou a progredir em projetos de modernização e aumento de eficiência operacional na UPV. Comparando com o mesmo período de 2024, houve um aumento nos investimentos, notadamente na P15 e no segmento de cimentos, que compensou a redução do Capex na siderurgia.

Em 30 de setembro de 2025, a dívida líquida consolidada da CSN atingiu R$ 37.545 milhões, com a relação entre Dívida Líquida e EBITDA UDM na marca de 3,14x, representando uma diminuição de 10 pontos base comparativamente ao trimestre anterior. Este indicador reflete o compromisso da Companhia em reduzir seu nível de endividamento, mantendo uma estrutura de capital sólida. Ao se considerar a desconsolidação da dívida non-recourse da CEEE-G do balanço da CSN, a relação dívida líquida cai ainda mais, para 3,10x.

As disponibilidades mantidas pela CSN são robustas, com um nível de caixa que alcançou R$ 18,8 bilhões neste trimestre. Essa solidez financeira é um reflexo do excelente resultado operacional conquistado no período, que compensou o fluxo de caixa negativo e o pagamento de dividendos aos acionistas da subsidiária CSN Mineração.

Cenário Competitivo e Expectativas Futuras

Apesar do resultado positivo, a companhia destacou que o setor de siderurgia ainda enfrenta um cenário competitivo desafiador devido à presença de materiais importados no mercado doméstico. No entanto, a CSN informou que já iniciou a aplicação de reajustes no início do quarto trimestre, o que pode ajudar a fortalecer os resultados nos próximos períodos.

No pregão que precedeu a divulgação dos resultados, as ações da CSN (CSNA3) estavam cotadas a R$ 9,13, sem variação em relação ao fechamento anterior. No período de um ano, a ação teve uma faixa de oscilação entre R$ 6,72 e R$ 12,47, e agora a expectativa é observar como o mercado irá precificar o retorno ao lucro na próxima sessão.

A CSN se destaca como uma das maiores empresas industriais do país, com atuação nas áreas de siderurgia, mineração, cimento, logística e energia, competindo com grandes empresas como Usiminas (USIM5) e Gerdau (GGBR4).

Fonte: br.-.com

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