Destaques Corporativos de 12 de Setembro
A licença recebida pela Vale (VALE3) para operar o Projeto Serra Sul, o recente grupamento de ações da Oi (OIBR3) e a disseminação de juros sobre capital próprio pela Telefônica Brasil (VIVT3) são alguns dos principais acontecimentos do dia.
Vale (VALE3) recebe licença para operar Projeto Serra Sul, no Pará
A mineradora Vale anunciou nesta quinta-feira (11) que obteve a licença de operação para as atividades ligadas à mina do Projeto Serra Sul. Esse projeto é considerado fundamental para aumentar a capacidade de produção de minério de ferro da empresa a partir do polo de Carajás, localizado no Pará.
O documento apresentado pela mineradora indica que “o projeto pretende expandir a capacidade anual da mina-planta S11D, situada no Sistema Norte, em 20 milhões de toneladas de minério”.
A expansão será realizada por meio de diversas iniciativas, incluindo a abertura de novas áreas de lavra, a instalação de um novo britador semimóvel, a duplicação da correia transportadora de longa distância existente e a criação de novas linhas de processamento na planta.
A licença de operação, que foi expedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), é um marco significativo na implementação do projeto, cujo cronograma prevê o início do comissionamento para o segundo semestre de 2026, conforme informado pela mineradora.
Oi (OIBR3) caminha para seu terceiro grupamento de ações
O conselho de administração da Oi, que está em recuperação judicial, deu aval à proposta de grupamento de todas as suas ações ordinárias e preferenciais na proporção de 25 para 1.
Se a proposta for aprovada na Assembleia Geral Extraordinária, marcada para acontecer no dia 29 de setembro de 2025, este será o terceiro grupamento realizado pela empresa em um período de três anos.
A companhia enfrenta dificuldades financeiras há vários anos. Apesar da venda de ativos, a situação não se resolveu, com as ações caindo para valores inferiores a R$ 1.
No segundo trimestre deste ano, a empresa reportou um prejuízo líquido de R$ 835 milhões, revertendo um lucro de R$ 15 bilhões registrado no ano anterior, onde houve um ganho de natureza contábil.
Telefônica Brasil (VIVT3) distribuirá R$ 400 milhões em JCP
A Telefônica Brasil, que é proprietária da Vivo, comunicou na noite de quinta-feira (11) que seu conselho de administração aprovou a distribuição de R$ 400 milhões na forma de juros sobre capital próprio (JCP) a seus acionistas.
Com a retenção de imposto de renda, que terá uma alíquota de 15%, a companhia informou que o valor líquido a ser distribuído será de R$ 340 milhões, levando em consideração o balanço patrimonial datado de 31 de agosto.
Os acionistas que estiverem com a posição acionária no dia 22 de setembro terão direito ao recebimento desse valor. O montante líquido por ação será de R$ 0,106, embora esse valor possa ser ajustado considerando a base acionária, devido a eventuais aquisições de ações no âmbito do Programa de Recompra de Ações.
Após o dia 22 de setembro, as ações passarão a ser negociadas como “ex-juros”. O pagamento do provento será realizado até 30 de abril de 2026, com a data exata a ser confirmada posteriormente pela Diretoria da Companhia.
Copasa (CSMG3) pagará juros sobre capital próprio
A Copasa (CSMG3) anunciou o pagamento de R$ 169 milhões em juros sobre capital próprio (JCP), conforme divulgações realizadas na ata de reunião nesta quinta-feira (11).
O documento indica que o valor a ser distribuído por ação será de R$ 0,44.
Os investidores que não forem detentores das ações e desejarem receber o valor terão até o dia 22 de setembro para realizar a compra. A partir do dia 23, as ações não contarão mais com direito aos JCPs.
O pagamento será efetuado em 10 de novembro de 2025.
CMA conclui OPA da Santos Brasil (STBP3) por R$ 5,23 bilhões
A companhia CMA Terminals finalizou o leilão da oferta pública de aquisição (OPA) das ações da Santos Brasil (STBP3), ao preço de R$ 14,38 por ação, totalizando R$ 5,23 bilhões, de acordo com um fato relevante que foi divulgado ao mercado na quinta-feira (11).
Com a conclusão dessa operação, a CMA deixará o segmento Novo Mercado da B3 e passará a ter um capital fechado.
Após o leilão, a CMA adquiriu 363,56 milhões de ações da prestadora de serviços portuários, o que representa 42,07% do capital social, passando a controlar 93,07% da Santos Brasil.
A liquidação financeira da OPA está agendada para ocorrer no dia 16 de setembro, conforme estipulado no documento.
Os acionistas que não venderem suas ações durante o leilão terão um prazo de até três meses para se desfazer dos papéis ou até que seja aprovado um resgate compulsório, que será realizado pelo mesmo preço por ação pago na oferta, podendo ser atualizado pela taxa Selic e descontando eventuais dividendos, juros sobre o capital próprio, grupamento de ações e valores de outras distribuições.
*Com informações da Reuters