Dia das Crianças: Despesas com presentes diminuem em 2025, revela FGV

Aumento de consumidores que planejam gastar menos no Dia das Crianças

A quantidade de brasileiros que pretende reduzir os gastos com presentes para o Dia das Crianças, celebrado no próximo domingo, 12 de outubro, aumentou em comparação ao ano anterior, especialmente entre as classes de renda mais baixa. Essa informação é proveniente de uma pesquisa realizada pelo FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas).

Dados sobre o gasto dos consumidores

Cerca de 37% dos consumidores planejam diminuir os gastos na celebração em 2025, um aumento em relação aos 33% registrados no último ano. Em contrapartida, houve uma leve diminuição no número de brasileiros que afirmaram que irão aumentar o valor dos presentes, enquanto a maioria optou por gastar a mesma quantia em 2025.

De acordo com o estudo, 8,5% dos entrevistados pretendem gastar mais na compra dos presentes para o próximo domingo, em comparação aos 9,1% do ano anterior. Além disso, a proporção de brasileiros que optou por manter o mesmo limite de gastos no Dia das Crianças é de 54,3%.

Fatores que influenciam a decisão de compra

Anna Carolina Gouveia, pesquisadora e economista do FGV IBRE, ressalta que o resultado reflete a desaceleração do consumo das famílias, observada nos últimos meses, bem como a queda na confiança do consumidor e o aumento do nível de endividamento da população.

A especialista explica: “A segunda queda do indicador de ímpeto de compras no Dia das Crianças está alinhada com a desaceleração da atividade econômica e do consumo das famílias nos últimos meses, além da redução da confiança do consumidor em comparação ao ano passado. Isso ocorre apesar do mercado de trabalho ainda se mostrar favorável e da desaceleração recente da inflação.”

Ela conclui que “o menor ímpeto de consumo pode estar atrelado ao elevado nível de endividamento e de inadimplência dos consumidores, num contexto de altas taxas de juros, o que leva as famílias a serem mais cautelosas em seus gastos.”

Análise por faixa de renda

Entre as diferentes faixas de renda dos brasileiros, a maior diminuição no ímpeto de compras for registrada na faixa de renda mais baixa. Para aqueles que recebem até R$ 2,1 mil, 46,2% afirmaram que gastarão menos em 2025, enquanto apenas 3,2% projetaram um aumento nos gastos para a comemoração.

Por outro lado, os consumidores que possuem uma renda entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil foram os únicos a demonstrar uma maior intenção de comprar presentes no Dia das Crianças em relação ao ano passado.

Valor médio gasto com presentes caiu

O gasto médio com presentes para o Dia das Crianças foi de R$ 63,93 em 2025, um valor inferior ao registrado no ano anterior, que foi de R$ 68,07. A pesquisa também indicou que a capacidade de consumo dos brasileiros variou conforme a faixa de renda.

Em 2025, o gasto médio com os presentes reduziu em todas as faixas de renda, com a maior queda observada entre aqueles que possuem rendimentos mais baixos.

Os consumidores com menor renda, ou seja, até R$ 2.100,00, programaram um gasto médio de R$ 47,17. Em contrapartida, os que estão na faixa de renda mais elevada, acima de R$ 9.600,01, pretendem gastar em média R$ 80,13 na compra de presentes.

Crescimento da preferência por dinheiro como presente

Entre as opções de presentes selecionadas por pais e familiares para o Dia das Crianças, o dinheiro foi o item que apresentou o maior crescimento neste ano. A decisão de optar por essa forma de presentear subiu de 7,9% para 12,1%.

Apesar desse aumento, brinquedos e jogos continuam sendo as principais escolhas das famílias. Os brinquedos e jogos representam 35% das preferências de compra, seguidos por roupas e acessórios, que somam 26,3%. Embora esses itens ainda liderem as preferências, houve uma diminuição na intenção de compras em 2025.

Adicionalmente, os brasileiros começaram a optar mais por presentear as crianças com livros, que se destacaram como o terceiro item mais escolhido. Esta opção cresceu em relação ao ano anterior, mas ainda representa uma proporção significativamente menor, com apenas 13,2% das escolhas. Os eletrônicos figuram como uma opção para apenas 3,9% dos consumidores.

*Sob supervisão de Sofia Kercher

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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