Dólar aproxima-se da estabilidade com possível ‘shutdown’ nos EUA e encerra a R$ 5,32; moeda registra queda de quase 2% em setembro.

Desempenho do Dólar no Encerramento do Mês

O dólar finalizou o pregão e o mês com uma leve desvalorização, influenciado pelo risco de paralisação do governo dos Estados Unidos. Os dados de emprego no Brasil passaram a ser secundários nesse contexto.

Nesta terça-feira, dia 30 de setembro, o dólar à vista (USDBRL) registrou um fechamento a R$ 5,3230, com uma leve alta de 0,01%.

Essa movimentação do câmbio se distanciou da tendência observada no mercado internacional. Por volta das 17h (horário de Brasília), o DXY, que é um indicador que compara o dólar a uma cesta de seis moedas globais, incluindo o euro e a libra, apresentava uma queda de 0,11%, fixando-se em 97,795 pontos.

Em setembro, o dólar acumulou uma desvalorização de 1,83% em relação ao real.

Fatores que Influenciaram o Dólar Hoje

O câmbio permaneceu em atenção às negociações relacionadas a um possível acordo para evitar a paralisação (shutdown) do governo dos Estados Unidos.

Na véspera, dia 29, o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, destacou que uma paralisação do governo é considerada bastante provável, visto que as discussões orçamentárias com o partido democrata estão estagnadas.

Na data atual, o presidente americano, Donald Trump, afirmou que o país se dirige para a 15ª paralisação do governo desde 1981, ressaltando que sua administração pode implementar mudanças irreversíveis no cenário de um shutdown.

Se a paralisação ocorrer, isso poderá atrasar a divulgação de dados essenciais sobre o mercado de trabalho, incluindo o payroll, que está previsto para ser divulgado na próxima sexta-feira, dia 3.

Dentro desse contexto de incerteza sobre a divulgação do relatório oficial do mercado de trabalho, o setor financeiro reagiu a novas informações. O relatório Jolts, divulgado pelo Departamento do Trabalho dos EUA, indicou que as vagas de emprego em aberto apresentaram um aumento marginal em agosto, enquanto as contratações diminuíram.

O número de postos de trabalho disponíveis aumentou em 19.000, totalizando 7,227 milhões no último dia de agosto. Analistas consultados pela Reuters haviam projetado 7,185 milhões de empregos não preenchidos.

Adicionalmente, os investidores continuaram a avaliar a possibilidade de um novo corte na taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos.

Perto do fechamento do pregão, os agentes financeiros consideravam que havia 96,7% de chance de que a autoridade monetária reduzisse os juros em 0,25 ponto percentual na próxima decisão, segundo a ferramenta FedWatch, do CME Group. Na data anterior, a probabilidade era de 89,8%. Atualmente, a taxa de juros do Fed está estabelecida na variação de 4,00% a 4,25%.

Dados Econômicos Domésticos

No âmbito doméstico, o mercado também reagiu a informações sobre o emprego no Brasil.

A taxa de desemprego no país apresentou estabilidade em 5,6% no trimestre encerrado em agosto, conforme os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã de hoje.

A dívida bruta do Brasil também alcançou um patamar estável em agosto, levando em consideração que o setor público consolidado do país exibiu um déficit primário menor do que o previsto, de acordo com as informações apresentadas pelo Banco Central.

Fonte: www.moneytimes.com.br

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