Dólar apresenta alta após quatro sessões consecutivas de perdas
Após um período de quatro dias seguidos de desvalorização, o dólar voltou a se valorizar em relação a moedas fortes e emergentes, impulsionado por uma melhora no apetite do mercado.
Nesta terça-feira (21), a cotação do dólar à vista (USDBRL) foi encerrada em R$ 5,3906, registrando uma alta de 0,37%.
Esse movimento refletiu uma tendência observada no cenário externo. Por volta das 17h (horário de Brasília), o DXY, que é um indicador que compara o dólar com uma cesta de seis moedas globais, incluindo o euro e a libra, estava em alta de 0,38%, alcançando 98,967 pontos.
Fatores que influenciaram o comportamento do dólar
A valorização do dólar em relação às moedas fortes está atrelada ao significativo enfraquecimento do iene japonês.
No Japão, a eleição de Sanae Takaichi, uma política conservadora, como a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra, traz expectativas de que ela reassuma estímulos governamentais. Esses estímulos são pensados para tentar reerguer a economia local, que enfrenta um crescimento lento e aumento nos preços.
Além disso, a relação comercial entre Estados Unidos e China continua sendo um ponto de atenção no mercado financeiro.
Movimentações no cenário doméstico
No Brasil, o mercado analisou atentamente os acontecimentos em Brasília relacionados às medidas de compensação propostas após a rejeição, pela Câmara dos Deputados, da Medida Provisória (MP) 1.303. Essa MP abordava a tributação sobre aplicações financeiras e empresas de apostas esportivas (bets), em um esforço para substituir as mudanças no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Na noite de ontem (20), o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), indicou que o Ministério da Fazenda tem a intenção de enviar um pacote com cortes de despesas “inevitavelmente esta semana”. O objetivo desse movimento é facilitar a votação da Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026.
O ministro Fernando Haddad confirmou essa informação durante uma entrevista à GloboNews na tarde de terça-feira (21). Segundo Haddad, as medidas propostas devem resultar em um impacto fiscal superior a R$ 20 bilhões.
Adicionalmente, o presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional, senador Efraim Filho (União-PB), mencionou que o projeto da LDO está previsto para ser apreciado a partir do mês de novembro. Ele também comunicou que o governo solicitou o adiamento da votação que estava agendada para esta data.
Fonte: www.moneytimes.com.br