Queda do Dólar Frente ao Real
O dólar apresentou uma queda significativa nesta terça-feira, dia 16, impulsionada pela expectativa de um corte na taxa de juros pelo Federal Reserve, a autoridade monetária dos Estados Unidos, programado para ocorrer na quarta-feira. Essa movimentação foi ainda mais reforçada por declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Desempenho do Dólar
A moeda americana registrou um recuo de 0,44%, fechando cotada a R$ 5,2987, representando o menor valor desde 6 de junho do ano passado, quando encerrou o dia a R$ 5,2493. A última vez que a divisa havia fechado abaixo da marca de R$ 5,30 foi nesse mesmo período. No acumulado de 2025, a queda do dólar é de 14,25%.
Às 17h05 na B3, a cotação do dólar para o mês de outubro, que é a mais líquida no Brasil, apresentou uma queda adicional de 0,46%, sendo negociada a R$ 5,3150.
Influência do Federal Reserve
A expectativa de que o Fed irá cortar sua taxa de juros de referência em pelo menos 25 pontos-base na quarta-feira continuou a pressionar a moeda americana contra outras divisas no exterior, além de provocar a diminuição dos rendimentos dos Treasuries, os títulos do Tesouro dos Estados Unidos.
No mercado interno, essa situação se traduziu em uma nova queda no valor do dólar em relação ao real. A percepção de que as taxas de juros nos Estados Unidos estão em um movimento de queda, enquanto no Brasil permanecem elevadas, contribui para aumentar a atratividade do mercado brasileiro.
Declarações do Ministro da Fazenda
Durante um evento realizado pelo grupo financeiro J. Safra na manhã de hoje, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterou que o governo tem a intenção de cumprir as metas fiscais estabelecidas para os anos de 2025 e 2026. Ele ressaltou que o sucesso nesse objetivo depende da “compreensão” por parte do Congresso Nacional.
Taxa de Desemprego em Baixa
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, logo no início da sessão, que o Brasil alcançou a menor taxa de desemprego registrada desde o início da série histórica em 2012, que foi de 5,6% no trimestre encerrado em julho. Economistas consultados pela Reuters haviam previsto que a taxa ficaria em 5,7% durante o mesmo período.
A população ocupada também alcançou um novo recorde, totalizando 102,4 milhões de pessoas. Além disso, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores aumentou 1,3% no trimestre, mostrando sinais positivos para o mercado de trabalho.
Com informações da Reuters