Dólar sobe levemente e encerra em R$ 5,32 com dados fiscais e de emprego nos EUA.

Dólar apresenta instabilidade em meio a fatores econômicos nos EUA e no Brasil

O dólar enfrentou um dia de volatilidade, influenciado por dados surpreendentes sobre o mercado de trabalho no setor privado dos Estados Unidos, a paralisação do governo norte-americano e a tramitação de questões tributárias no Congresso brasileiro.

Fechamento do câmbio

Na quarta-feira, 1º de outubro, o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações cotado a R$ 5,3286, apresentando uma leve alta de 0,11%. Este movimento se distanciou da tendência observada no mercado internacional. Por volta das 17h (horário de Brasília), o índice DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis moedas globais, como euro e libra, estava em queda de 0,03%, alcançando 97,741 pontos.

Fatores que impactaram o dólar

O câmbio reagiu principalmente à paralisação do governo dos Estados Unidos, que teve início na mesma data devido à falta de acordo entre democratas e republicanos no Senado em torno de uma medida de gastos de emergência. Essa medida, se aprovada, teria mantido a operação do governo até 21 de novembro.

Avaliações da Fitch

A agência de classificação de risco Fitch avaliou que a paralisação não deverá afetar as classificações de crédito soberano dos Estados Unidos no curto prazo. Segundo a Fitch, qualquer impacto no crescimento econômico dependerá da abrangência e da duração dessa paralisação.

Consequências da paralisação

Além de provocar interrupções no funcionamento de diversos órgãos públicos, a paralisação também deverá atrasar a divulgação de dados cruciais sobre o mercado de trabalho, como o payroll, que estava previsto para ser publicado na próxima sexta-feira (3). Na última segunda-feira (29), o Departamento de Estatísticas do Trabalho dos EUA anunciou a suspensão da divulgação de indicadores econômicos até que a impasse orçamentário seja resolvido pelo Congresso.

A falta de dados econômicos pode deixar o Federal Reserve (Fed) temporariamente sem informações sobre uma variável que justifica o primeiro corte de juros previsto para 2025: a desaceleração do mercado de trabalho. Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad, destacou que a ausência da leitura do payroll pode agravar a situação do mercado financeiro, que está fortemente influenciado pela expectativa de continuidade no afrouxamento da política monetária.

Expectativas sobre juros

A perspectiva de cortes nas taxas de juros nos Estados Unidos pelo Federal Reserve também contribuiu para a desvalorização do dólar, especialmente após dados inesperados sobre o mercado de trabalho no setor privado. De acordo com informações da ADP, o país perdeu 32 mil postos de trabalho em setembro, após uma redução de 3 mil em agosto, conforme dados revisados.

Os economistas consultados pela Reuters esperavam a criação de 50 mil vagas no setor privado no mês passado. Com essa informação, os investidores passaram a considerar quase 100% de chance de que o Fed reduza os juros novamente no final deste mês.

Perto do fechamento do dia, os agentes do mercado acreditavam em 99% de probabilidade de que o Banco Central dos EUA reduza os juros em 0,25 ponto percentual na próxima reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (FOMC), marcada para 29 de outubro. No dia anterior, essa probabilidade era de 96,2%. A taxa atual varia entre 4,00% e 4,25% ao ano.

Cenário no Brasil

Em relação ao mercado interno, os investidores monitoraram atentamente a tramitação de propostas tributárias no Congresso brasileiro. O plenário da Câmara dos Deputados pode votar ainda na quarta-feira (1º) um projeto de lei que isenta de Imposto de Renda os brasileiros que recebem até R$ 5 mil por mês. Essa movimentação legislativa é parte do esforço do governo para aliviar a carga tributária sobre a população de baixa renda.

A combinação de fatores internacionais e domésticos, incluindo a resposta do governo dos Estados Unidos à crise orçamentária e as decisões do Congresso brasileiro, tiveram um papel significativo nas flutuações do valor do dólar.

Fonte: www.moneytimes.com.br

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