Empresa com 187 anos se despede do mercado de ações.

Saída da Bolsa

A Wilson Sons (PORT3), uma das empresas mais antigas em operação no Brasil, encerrou sua participação na bolsa nesta quinta-feira, 23 de setembro.

Mais cedo, ocorreu o leilão da oferta pública de aquisição unificada de ações, promovida pela gigante de navegação MSC, visando a compra dos papéis da companhia. Ao todo, a empresa adquiriu 130 milhões de ações, ao preço de R$ 18,53 cada.

Chegada à Bolsa

A companhia ingressou na bolsa em 2007, como parte de uma reorganização societária do grupo, cujo controle está mantido pela Ocean Wilsons Holdings Limited, empresa sediada nas Bermudas e listada na Bolsa de Londres desde o século XIX.

O IPO de 2007 marcou a entrada formal da Wilson Sons no mercado de capitais brasileiro. Este movimento tinha como objetivo fortalecer o financiamento de projetos de expansão, especialmente nas áreas de terminais portuários, rebocagem e apoio offshore. Em 2021, a companhia passou por uma reestruturação societária, que resultou na transformação das ações anteriormente negociadas por meio de BDRs (Brazilian Depositary Receipts) em ações ordinárias listadas diretamente na B3, com o ticker PORT3. Essa mudança simplificou a estrutura e aumentou a liquidez. Desde então, as ações da empresa tiveram uma valorização de 60%.

História

Fundada em 1837 no Rio de Janeiro pelos irmãos escoceses Edward e Fleetwood Pellew Wilson, a Wilson Sons começou suas atividades como uma empresa especializada em serviços marítimos e apoio portuário.

Nos primeiros anos, a empresa se dedicou principalmente à reparação de navios, à construção naval e a serviços logísticos ligados à navegação — todas atividades essenciais para o desenvolvimento do comércio marítimo no Brasil do século XIX. Com o passar do tempo, a Wilson Sons ampliou suas operações em diversos portos do Brasil, acompanhando o crescimento do comércio internacional e o desenvolvimento da infraestrutura portuária no país.

Atualmente, a Wilson Sons é considerada uma das líderes brasileiras na prestação de serviços portuários, marítimos e logísticos. Suas operações englobam:

  • Dois terminais de contêineres: Tecon Salvador e Tecon Rio Grande;
  • Uma frota composta por mais de 80 rebocadores;
  • Um estaleiro próprio localizado no Guarujá, em São Paulo;
  • Serviços de apoio offshore, logística, agenciamento marítimo e terminais de carga.

Fonte: www.moneytimes.com.br

Related posts

Minério de ferro cai nesta quarta-feira (05/11) devido à baixa demanda da China, enquanto VALE3 se valoriza

Engie (EGIE3) registra lucro líquido de R$ 738 milhões no 3T25, crescimento de 9,8% em relação ao ano anterior.

Petrobras fecha em alta, descolando da estabilidade do petróleo

Utilizamos cookies para melhorar sua experiência de navegação, personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Ao continuar navegando em nosso site, você concorda com o uso de cookies conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Você pode alterar suas preferências a qualquer momento nas configurações do seu navegador. Leia Mais