Energia eleva e alimentos trazem alívio ao IPCA-15, mas a situação pode mudar, afirma economista-chefe do Bmg.

Aumento do IPCA-15 em Setembro

O avanço dos preços da energia elétrica, aliado à redução nos custos dos alimentos, é o que caracterizou a leitura da prévia do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) no mês de setembro. No entanto, essa tendência pode mudar nos próximos meses, de acordo com Flávio Serrano, economista-chefe do Banco Bmg.

Expectativas para o Quarto Trimestre

Serrano afirmou que, no quarto trimestre do ano, é esperado que a alimentação volte a exercer pressão sobre os preços, enquanto a energia poderá apresentar um alívio devido à redução das bandeiras tarifárias. Ele mencionou em entrevista ao Money Times que as chuvas devem ajudar a diminuir os custos de energia, mas ao mesmo tempo podem pressionar os preços dos alimentos.

Resultados do IPCA-15

Em setembro, o IPCA-15 registrou um aumento de 0,48%, após uma queda de 0,14% em agosto. O resultado foi impulsionado principalmente por um aumento de 12,2% na energia elétrica, influenciado pelo término do desconto referente a Itaipu e pela aplicação da bandeira vermelha 2. Por outro lado, os preços dos alimentos no domicílio apresentaram uma queda de 0,63%.

Serrano destacou que, embora o resultado tenha surpreendido de forma moderada em relação às expectativas, a desaceleração dos preços dos alimentos foi o principal fator que proporcionou alívio na inflação.

Perspectivas para os Meses Futros

Para os meses de outubro e novembro, o economista prevê que as leituras do índice de preços tendem a ser menores. No entanto, Serrano espera que a inflação aumente novamente em dezembro, especialmente devido à pressão sazonal dos alimentos e ao crescimento dos preços das passagens aéreas e serviços relacionados ao lazer e férias.

Ele também observou que a inflação no setor de serviços se mostra mais resistente e não deve apresentar alívio até o final do ano, em parte devido ao mercado de trabalho apertado.

Projeções para o IPCA em 2025 e Cenários Futuros

A projeção do Banco Bmg para o IPCA em 2025 é de 4,8%. Serrano não descarta a possibilidade de que o índice atinja o teto da meta estabelecida, que é de 3%, com um intervalo de 1,50 ponto percentual. Contudo, ele ressalta que isso exige uma combinação de fatores imprevistos, como uma bandeira tarifária de energia mais baixa ou cortes nos preços dos combustíveis.

O economista admitiu que alcançar a meta central de inflação será um desafio nos próximos anos, mas os primeiros indícios de uma convergência em direção a esse objetivo devem surgir em um horizonte mais longo, possivelmente no início de 2028.

Expectativas para a Selic e o Copom

Serrano destacou que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve encontrar espaço para iniciar cortes na taxa Selic no primeiro trimestre de 2026, com uma probabilidade de que isso ocorra em janeiro. Para que essa expectativa se concretize, será necessário observar uma maior acomodação no mercado de trabalho e uma consolidação nas projeções em relação à inflação.

Fonte: www.moneytimes.com.br

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