Indiciamento de James Comey
O ex-diretor do FBI, James Comey, foi indiciado na quinta-feira em um tribunal federal da Virgínia, enfrentando acusações criminais de declaração falsa e obstrução, que estão relacionadas ao depoimento que ele prestou ao Congresso há cinco anos.
Acusações e Contexto
Comey é frequentemente alvo das críticas do presidente Donald Trump e é acusado de mentir durante seu testemunho perante o Comitê Judiciário do Senado dos Estados Unidos no dia 30 de setembro de 2020. A procuradora interina dos Estados Unidos, Lindsey Halligan, do Distrito Leste da Virgínia, afirmou que "as acusações apresentadas neste caso representam uma violação extraordinária da confiança pública". Halligan foi nomeada para o cargo no início da semana, após a renúncia de seu antecessor, que se demitiu sob pressão de Trump, que se opôs ao indiciamento de Comey.
Declarações da Procuradora Interina
Halligan ressaltou que "o equilíbrio de poder é um princípio fundamental de nossa democracia, e depende da responsabilidade e da apresentação clara dos fatos por parte da liderança executiva em relação à supervisão do Congresso". Ela enfatizou que qualquer intento de evitar, esquivar, prevenir ou obstruir o cumprimento da lei é uma violação da responsabilidade profissional, e, mais importante ainda, da legislação.
Se condenado, Comey pode enfrentar uma pena máxima de cinco anos de prisão. As sentenças criminais federais costumam ser significativamente menores que o máximo estipulado, em razão das diretrizes federais.
Reações e Contexto Político
As acusações surgiram dias depois que Trump expressou publicamente sua insatisfação à procuradora geral Pam Bondi, afirmando que "nada está sendo feito" em relação a Comey e outros inimigos percebidos pelo presidente, que ele afirmou serem "todos culpados". Bondi mencionou o indiciamento de Comey, sem citá-lo nominalmente, à medida que as notícias sobre as acusações se espalharam. Ela declarou em uma postagem no X: "Ninguém está acima da lei".
Bondi também afirmou: "O indiciamento de hoje reflete o compromisso deste Departamento de Justiça em responsabilizar aqueles que abusam de posições de poder por enganar o povo americano. Seguiremos os fatos neste caso".
Considerações do Diretor do FBI
O diretor do FBI, Kash Patel, em sua própria postagem no X, afirmou: "Hoje, seu FBI deu mais um passo em sua promessa de total responsabilidade". Patel continuou: "Por muito tempo, as lideranças corruptas anteriores e seus apoiadores transformaram a aplicação da lei federal em uma arma, prejudicando instituições outrora respeitáveis e erodindo severamente a confiança pública". Ele reafirmou que todos os dias a instituição continua na luta para recuperar essa confiança, e, sob sua liderança, o FBI irá enfrentar o problema de frente.
A Nova Procuradora Interina
Halligan, de 36 anos, não possui experiência anterior como procuradora, mas atuou previamente como representante legal de Trump em outros casos. Ela substituiu Erik Siebert como procuradora interina dos Estados Unidos para o Distrito Leste da Virgínia. Siebert estava encarregado de investigar Comey e outra adversária de Trump, a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, que abriu um processo civil de fraude comercial contra o presidente. No entanto, a investigação de Siebert sobre as alegações de fraude hipotecária contra James apresentou evidências insuficientes, segundo reportagens da NBC News.
Siebert também levantou preocupações sobre um possível caso contra Comey. Trump, em declarações recentes, afirmou: "Quero ele fora", referindo-se a Siebert.
O ex-presidente Trump tem demonstrado desde muito tempo desprezo por Comey, que foi demitido de seu cargo durante o primeiro mandato de Trump na Casa Branca, em maio de 2017.
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Fonte: www.cnbc.com