Revisão da Projeção de Crescimento Econômico
O Ministério da Fazenda anunciou uma revisão na projeção de crescimento da economia brasileira, reduzindo a expectativa de 2,5% para 2,3% para o ano de 2025. De acordo com os técnicos da pasta, essa reavaliação se deve à continuidade do aperto monetário, resultante das altas taxas de juros, que têm impactado negativamente a economia, especialmente no terceiro trimestre, afetando setores considerados fundamentais. Essas informações foram divulgadas no boletim Macrofiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE) na última quinta-feira, dia 11.
Análise do PIB do Segundo Trimestre
Os técnicos do Ministério da Fazenda justificaram essa revisão com base nos resultados de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, que ficaram aquém das expectativas estabelecidas em julho. Essa discrepância é atribuída aos efeitos cumulativos mais profundos da política monetária contracionista, que impactaram o crédito e a atividade econômica.
Expectativa para a Inflação
A equipe econômica também modificou suas projeções em relação à inflação deste ano, ajustando a expectativa de 4,9% para 4,8%. Essa redução na expectativa inflacionária para 2023 é impulsionada por vários fatores, conforme destacado no boletim. Entre esses fatores estão os efeitos defasados da valorização do real, a diminuição da inflação no atacado nos setores agropecuário e industrial, além do excesso de oferta de bens no mercado global, reflexo do aumento das tarifas comerciais.
Projeções para 2026 e 2027
Para o ano de 2026, a projeção de crescimento do PIB permanece em 2,4%, enquanto a expectativa de inflação deve recuar para 3,6%, convergindo para o centro da meta estabelecida para 2027. O relatório do Ministério da Fazenda destaca que, apesar da política monetária ainda restritiva, a reforma tributária voltada para a renda pode mitigar os efeitos do aumento do endividamento no consumo, contribuindo para o aumento da renda disponível entre as pessoas de menor renda.
Perspectivas a Longo Prazo
Com uma visão de longo prazo, a Secretaria de Política Econômica prevê que a economia brasileira deverá crescer em torno de 2,6% ao ano. Essa expansão é sustentada por dois fatores principais: os efeitos da reforma tributária do consumo e as iniciativas voltadas para a transição em direção a uma economia de baixo carbono.
Medidas em Destaque
Dentre as iniciativas mencionadas para alavancar esse crescimento sustentado, o relatório destaca a implementação da taxonomia sustentável e a estruturação do mercado de carbono, que são consideradas importantes para a promoção de uma economia mais equilibrada e sustentável ao longo dos próximos anos.