Futuros do Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq sobem discretamente antes da decisão do Fed e dos dados do varejo nos EUA.

Os futuros de ações dos Estados Unidos apresentaram ganhos modestos na terça-feira, 16 de setembro de 2025, enquanto os investidores aguardavam dados econômicos importantes junto à decisão do Federal Reserve sobre a taxa de juros, que será divulgada no final desta semana.

As expectativas em relação às vendas no varejo de agosto são altas, pois esse indicador pode oferecer informações relevantes sobre a resiliência do consumidor, especialmente em um cenário de incertezas sobre as tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

No que diz respeito ao cenário regulatório, um tribunal federal de apelações bloqueou a tentativa de Trump de remover Lisa Cook, governadora do Fed, enquanto a Oracle está supostamente envolvida na facilitação de um acordo que permitirá ao TikTok continuar suas operações nos Estados Unidos.

Futuros sobem um pouco

Aos 07h28 (horário de Brasília), os futuros do Dow Jones estavam relativamente estáveis, ao passo que os futuros do S&P 500 subiam 0,18% e os contratos do Nasdaq 100 apresentavam um aumento de 0,32%.

A confiança dos investidores foi estimulada pela alta observada na segunda-feira, alimentada pela esperança de uma redução nas taxas de juros por parte do Fed. A expectativa geral é de que o banco central reduza os custos dos empréstimos em 25 pontos-base, havendo também uma pequena possibilidade de um corte de meio ponto.

As ações da Tesla (NASDAQ:TSLA) tiveram um aumento de 3,56% na segunda-feira, em consequência da aquisição feita pelo CEO Elon Musk de cerca de US$ 1 bilhão em ações. Além disso, a Alphabet (NASDAQ:GOOGL) ultrapassou a marca de US$ 3 trilhões em valor de mercado, contribuindo para uma dinâmica de mercado otimista.

Dados do varejo sob observação

Economistas projetam um crescimento de 0,2% nas vendas no varejo dos Estados Unidos durante o mês de agosto, o que representa uma desaceleração em relação ao crescimento de 0,5% registrado em julho.

A redução na confiança do consumidor, que se encontra em seu nível mais baixo desde maio, junto à desaceleração do mercado de trabalho, levantam questionamentos sobre a capacidade das famílias em lidar com os custos mais altos decorrentes das tarifas.

Joanne Hsu, diretora da pesquisa da Universidade de Michigan, destacou que as finanças pessoais atuais e esperadas dos americanos caíram cerca de 8% neste mês, o que reflete um aumento na incerteza econômica.

Tentativa de Trump de remover governadora do Fed é negada

Um tribunal de apelações de Washington, D.C., decidiu na segunda-feira que o presidente Donald Trump não possui a autoridade para demitir a governadora do Fed, Lisa Cook, o que permite que ela permaneça no conselho do banco central durante a reunião de política monetária programada para esta semana.

Esta decisão refutou o pedido do Departamento de Justiça para suspender uma decisão anterior que impedia a destituição. Espera-se que a questão seja levada por Trump à Suprema Corte. Além disso, a confirmação de Stephen Miran no Senado para o Conselho de Governadores do Fed possibilitará sua participação na reunião.

Desenvolvimentos do acordo entre TikTok e Oracle

A CBS News relatou que a Oracle (NYSE:ORCL) pode estar envolvida em um consórcio que possibilitará ao TikTok continuar suas operações nos Estados Unidos, mediante um possível acordo entre as autoridades de Washington e Pequim. Os detalhes deste acordo ainda estão indefinidos, ainda não havendo confirmação sobre o envolvimento da ByteDance.

Movimentos de ouro e petróleo

Às 5h49, o preço do ouro atingiu novos patamares, chegando perto de US$ 3.700 a onça, impulsionado pela desvalorização do dólar americano e pelas expectativas em relação a um corte nas taxas de juros do Fed. O preço do ouro à vista subiu 0,3%, alcançando US$ 3.690,87 a onça, enquanto os contratos futuros para dezembro registraram uma alta de 0,2%, com preço de US$ 3.726,50.

Os preços do petróleo, por outro lado, apresentaram uma leve queda após ganhos recentes, enquanto os mercados analisavam os potenciais efeitos da próxima decisão do Fed e os ataques da Ucrânia contra a infraestrutura petrolífera russa.

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