Sanções dos Estados Unidos à Indústria Petrolífera da Rússia
Os Estados Unidos impuseram sanções às duas principais empresas petrolíferas da Rússia, Rosneft e Lukoil, como parte de uma estratégia para aumentar a pressão sobre Moscou. Essas sanções entrarão em vigência no dia 21 de novembro e resultaram em um aumento de 10% no preço do petróleo, restabelecendo os valores que foram observados durante os meses de agosto e setembro.
Impacto nas Importações de Petróleo pela Índia e China
As sanções impactam principalmente a Índia e a China, que juntas importam cerca de 3,6 milhões de barris de petróleo russo diariamente. No caso da China, o volume de importação chega a 2 milhões de barris, enquanto a Índia adquire 1,6 milhão de barris. As importações desses países aumentaram de maneira significativa nos últimos três anos, refletindo a busca por preços mais competitivos.
Reação do Governo Russo
Em uma resposta às ações dos Estados Unidos, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou na quinta-feira (23) que o país não se submeterá à pressão proveniente do governo americano ou de qualquer outra nação.
Excesso de Oferta Mantém a Tendência de Baixa
Apesar do recente aumento nos preços do petróleo, o mercado petroquímico ainda lida com um excesso de oferta. Atualmente, há um volume que se aproxima de recordes históricos de petróleo armazenado em navios-tanques, e os contratos futuros estão indicando uma condição de mercado conhecida como "contango". Esta situação ocorre quando os preços futuros são mais altos do que os preços no momento atual, um sinal de que há abundância desse produto.
Tendência de Preços do Petróleo Brent e WTI
Os preços do petróleo tipo Brent e do WTI (West Texas Intermediate) continuam a apresentar uma tendência de baixa no longo prazo, mesmo diante da recente valorização. Análises técnicas sugerem que seria necessária uma elevação adicional de cerca de cinco dólares nos preços para que a tendência de queda nos gráficos diários seja revertida.
Perspectivas para o Mercado de Combustíveis Fósseis
As projeções para os próximos anos apontam que os preços dos combustíveis fósseis não deverão apresentar um aumento significativo. Entre os anos de 2015 e 2019, o preço do Brent frequentemente se mantinha abaixo da marca de 60 dólares por barril. O cenário atual, embora apresente elevações pontuais, é mais um reflexo das tensões geopolíticas do que uma indicação dos fundamentos do mercado.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br