Bloqueio Adicional nas Despesas
A equipe econômica anunciou um bloqueio adicional de R$ 1,4 bilhão nas despesas, totalizando um bloqueio acumulado de R$ 12,1 bilhões.
Os valores se somam aos ajustes já realizados no terceiro bimestre e estão presentes no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do quarto bimestre de 2025, que foi divulgado nesta segunda-feira, dia 22.
Continuidade do Déficit
Apesar do aumento do bloqueio, não houve contingenciamento, uma vez que o déficit estimado de R$ 30,2 bilhões permanece dentro da meta estipulada pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), segundo o documento publicado.
Causas do Bloqueio
De acordo com o relatório, o que motivou o bloqueio foram os aumentos em algumas despesas. O Benefício de Prestação Continuada (BPC) teve um avanço de R$ 2,9 bilhões, enquanto as despesas com abono e seguro-desemprego somaram um acréscimo de R$ 1,2 bilhão. Adicionalmente, o apoio financeiro a estados e municípios também contribuiu para esse aumento, atingindo um incremento de R$ 1 bilhão.
Por outro lado, o relatório também destacou reduções em outras áreas. Benefícios previdenciários foram reduzidos em R$ 3 bilhões, enquanto os gastos com pessoal e encargos sociais diminuíram em R$ 1,3 bilhão. Além disso, os subsídios tiveram uma redução de R$ 0,7 bilhão.
Receita Total Estimada
Em relação às receitas, a estimativa total para o ano de 2025 se manteve em R$ 2,924 trilhões, apresentando uma estabilidade em comparação ao bimestre anterior.
Reestimativa da Arrecadação Federal
A equipe econômica reavaliou a arrecadação federal, prevendo uma queda de R$ 12 bilhões. No entanto, essa redução deve ser compensada pelo aumento em dividendos, que devem crescer em R$ 6,9 bilhões, e pela exploração de recursos naturais, que deverá registrar um aumento de R$ 5,7 bilhões.
Projeções Macroeconômicas
No cenário macroeconômico, a projeção para o crescimento do PIB foi revista para baixo, passando de 2,54% para 2,34%. A inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), também apresentou uma queda, recuando de 4,94% para 4,84%.
Taxa de Câmbio e Preços de Commodities
As expectativas para a taxa média de câmbio também foram ajustadas, com a previsão caindo de R$ 5,70 para R$ 5,63 por dólar. Em contrapartida, o preço médio do barril de petróleo teve um aumento, subindo de US$ 68,38 para US$ 69,58.
Ajuste do Resultado Fiscal
O resultado fiscal também passou por ajustes, com o déficit primário estimado aumentando de R$ 26,3 bilhões no terceiro bimestre para R$ 30,2 bilhões no quarto. No entanto, esse valor ainda está dentro da meta fiscal estabelecida pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Fonte: www.cnnbrasil.com.br