Governo foca em aumentar receitas em vez de reduzir despesas, afirma economista.

Aumento das Distorções Tributárias

O economista-chefe da ARX Investimentos, Gabriel Barros, manifestou preocupação em relação ao recente aumento das distorções tributárias promovidas pelo Ministério da Fazenda. De acordo com Barros, o governo está priorizando o incremento da arrecadação em detrimento de uma necessária redução de gastos.

Análise da Medida Provisória

Em uma análise realizada para a CNN Brasil sobre a Medida Provisória (MP) que aborda as novas taxações, Barros ressaltou que as alterações propostas podem conduzir a um ganho fiscal duplo. Ele destacou que:

"O governo não tem nenhuma estratégia para cortar a despesa. Nem mesmo o mato alto, medidas de combate a fraudes, que são enormes, o governo consegue resultado."

Tributação sobre Rendimentos Financeiros

O economista também criticou a tributação de 17,5% sobre rendimentos financeiros. Ao contrário do que a equipe econômica do governo defende, ele argumenta que essa taxa não será neutra e terá um impacto significativo na arrecadação, que pode alcançar dezenas de bilhões de reais.

Controle das Compensações Tributárias

Além do imposto sobre rendimentos, Barros acredita que as compensações tributárias também deverão resultar em ganhos consideráveis, que, segundo ele, estão subestimados na MP.

Críticas à Aumento da Carga Tributária

Barros criticou a abordagem unilateral do governo, que se concentra no aumento da carga tributária sem a apresentação de medidas efetivas direcionadas à redução de gastos públicos. Ele destacou várias áreas que poderiam ser melhoradas em aspectos de gerenciamento de recursos, incluindo:

  • Reforma administrativa voltada à reestruturação de cargos e salários no serviço público.
  • Aprimoramento nas políticas sociais.
  • Melhor alocação de recursos nas áreas da saúde e educação.

Perspectivas Futuras

Em relação ao futuro econômico do Brasil, Barros traçou um cenário desafiador para 2027. Ele apontou a necessidade de revisão do arcabouço fiscal, alterações nas normas relacionadas ao salário mínimo e considerações a respeito dos precatórios.

"É uma crise contratada para 2027. O capital político vai ser consumido muito rapidamente e quando tirar esse crescimento econômico anabolizado pelo fiscal, o PIB vai desabar", alertou Barros.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

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