Ibovespa encerra em crescimento impulsionado pela Petrobras (PETR4) e se aproxima novamente dos 143 mil pontos.

Mercado Financeiro

O Ibovespa apresentou um fechamento em alta nesta quarta-feira, dia 10, com a participação expressiva das ações da Petrobras (PETR4) e do Banco do Brasil (BBAS3), que figuraram entre os principais suportes do índice. Contudo, pareceu distante de atingir a máxima alcançada no pregão.

A principal referência da Bolsa avançou 0,54%, posicionando-se em 142.386,85 pontos, conforme dados preliminares. Durante o dia, o índice registrou uma máxima de 143.181,59 pontos, próximo ao recorde intradia de 143.408,64 pontos, estabelecido no último dia 5. Por outro lado, a mínima do dia foi de 141.611,77 pontos.

O volume financeiro acumulado até o momento alcançou R$ 16,76 bilhões, situando-se novamente abaixo da média diária do ano, que está em R$ 23,7 bilhões. Observa-se que em setembro essa média está em R$ 18,2 bilhões, o que indica que, apesar das máximas registradas no mês, os investidores permanecem cautelosos ao assumir posições mais agressivas na Bolsa.

Indicadores de Preços

No início da sessão, o Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o IPCA, que é o índice oficial de preços, apresentou uma queda de 0,11% em agosto, após uma alta de 0,26% em julho. No acumulado dos últimos 12 meses até agosto, o IPCA obteve uma alta de 5,13%. Especialistas consultados pela Reuters previam uma queda de 0,15% no mês e um aumento acumulado de 5,09% em 12 meses.

Contexto Político

Uma parte significativa da atenção dos investidores está voltada para Brasília, onde a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal deu continuidade ao julgamento de Bolsonaro. A exemplo de sessões anteriores, o mercado não manifesta receio em relação ao resultado do processo em si, mas expressa preocupação com eventuais retaliações por parte dos Estados Unidos contra o Brasil. Em julho, o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou a implementação de uma tarifa de 50% sobre uma série de produtos brasileiros, justificando essa medida, entre outros fatores, pelo julgamento de Bolsonaro.

Desempenho Econômico nos EUA

Nos Estados Unidos, os preços ao produtor apresentaram uma queda inesperada em agosto, impulsionada por um declínio nos custos relacionados aos serviços. O índice de preços ao produtor para a demanda final caiu 0,1%, após uma revisão para baixo que indicou um aumento de 0,7% em julho, conforme relatado nesta quarta-feira pelo Departamento do Trabalho. Economistas consultados pela Reuters esperavam que o PPI aumentasse 0,3%, após um incremento previamente reportado de 0,9% em julho.

Os preços dos serviços sofreram uma diminuição de 0,2%, após terem apresentado uma alta de 0,7% em julho. Já os preços de mercadorias subiram 0,1%, após um aumento de 0,6% no mês anterior. No período de 12 meses até agosto, o PPI aumentou 2,6%, depois de um incremento de 3,1% em julho.

Expectativas do Mercado

Economistas projetam que as pressões inflacionárias originadas pelas tarifas possam elevar a inflação ao consumidor em agosto. Existe uma expectativa crescente de que o Federal Reserve, banco central dos EUA, possa anunciar um corte nas taxas de juros na próxima quarta-feira, com uma redução de 0,25 ponto percentual totalmente precificada. Essa expectativa surge após o Fed ter interrompido seu ciclo de flexibilização em janeiro, em virtude das incertezas em relação ao impacto das tarifas abrangentes instituídas pelo presidente Donald Trump. A previsão de corte é fortemente impulsionada pela fragilidade observada no mercado de trabalho, que levanta preocupações sobre uma possível estagnação da economia.

*Com informações da Reuters

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