O otimismo prevalece nas bolsas de valores globais após a decisão do Federal Reserve (Fed), que optou por reduzir as taxas de juros em 0,25 ponto percentual. Com isso, os futuros de Nova York e as bolsas europeias têm mostrado avanço, enquanto o dólar apresenta sinais mistos em relação a moedas fortes. No mercado de câmbio local, a moeda americana recua 0,41%, atingindo uma nova mínima de R$ 5,2797.
O panorama de possíveis novos cortes de juros nos Estados Unidos e a alta das bolsas globais podem beneficiar o Índice Bovespa no dia de hoje, embora a leve queda de 0,12% do minério de ferro introduza um viés de baixa. Além disso, a manutenção da Selic elevada em 15% ao ano pode pressionar ações dos setores bancário e varejista. No que diz respeito ao petróleo, este sobe 0,30% nesta manhã.
Ibovespa futuro: o que você deve ficar atento nesta quinta-feira (18)
Fed corta projeções de juros para 2025, 2026 e 2027
O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, reduziu a taxa de juros do país em 0,25 ponto percentual na quarta-feira (17), estabelecendo um intervalo entre 4% e 4,25% ao ano. Essa é a primeira redução em anos, uma decisão amplamente antecipada pelo mercado desde que a instituição começou o ciclo de aperto monetário em março de 2022, levando os juros americanos de 0% ao ano a seu patamar mais alto em duas décadas.
Após o anúncio, o mercado local reagiu de forma volátil, primeiro subindo, mas logo devolvendo parte dos ganhos, à medida que os investidores analisavam a decisão do Fed e o discurso de seu presidente, Jerome Powell.
As declarações de Powell, que enfatizaram que a continuidade do ciclo de cortes de juros nos próximos meses dependerá da evolução dos dados relacionados à inflação e ao emprego nos EUA, foram interpretadas sob uma ótica mais hawkish – termo que sugere uma política monetária restritiva, com taxas de juros mais elevadas – o que ajudou a restringir o otimismo gerado pelo corte nas taxas de juros americanas.
Lula lidera intenções de voto para eleições de 2026
O atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), surge como o favorito nas intenções de voto para as eleições de 2026, conforme indicado por uma pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (18).
No levantamento, que simulou oito arranjos diferentes de candidatos, Lula se destaca no primeiro turno com 32% das intenções de voto, seguido por Jair Bolsonaro (PL), que registra 24%, e Ciro Gomes, com 11%. Em outras combinações, o ex-presidente oscila entre 32% a 43%, sempre na frente de seus principais adversários.
Quando Michelle Bolsonaro é considerada como substituta de seu marido, Lula se posiciona com 33%, enquanto a ex-primeira-dama alcança 18%. Em um cenário que inclui Tarcísio de Freitas (Republicanos), Lula tem 35% contra 17%. Nos casos em que enfrenta Eduardo Bolsonaro, o petista varia de 32% a 43%, enquanto o deputado fica entre 14% e 21%.
Em uma simulação de segundo turno contra Tarcísio, Lula alcançou 43% das intenções de voto, enquanto o paulista somou 35%. Vale destacar que os porcentuais observados são os mesmos apresentados na pesquisa anterior realizada em agosto.
A pesquisa foi realizada com 2.004 eleitores em 120 municípios do Brasil, entre os dias 12 e 14 de setembro. As entrevistas ocorreram presencialmente, utilizando questionários estruturados. O levantamento apresenta uma margem de erro de dois pontos percentuais e um nível de confiança de 95%.
Copom mantém Selic em 15% em decisão unânime
O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a Selic em 15% ao ano na quarta-feira. Essa decisão era amplamente esperada pelo mercado, que ficou atento ao comunicado do Banco Central. Focalizava-se a identificação de qualquer sinal que pudesse sugerir a antecipação do início do ciclo de afrouxamento monetário, previsto para o final de 2025.
No comunicado, o Copom ressaltou que a atual conjuntura exige cautela na condução da Selic. O Banco Central afirmou que permanecerá vigilante, avaliando se a manutenção das taxas altas é suficiente para assegurar a convergência da inflação em relação à meta estabelecida.
“O Comitê enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado”, afirmou o comunicado.
Esses dados e outros indicadores apresentados ao longo do dia são analisados por investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando diretamente o índice Ibovespa futuro.