Ibovespa futuro apresenta variações em meio às decisões sobre taxas de juros e a popularidade de Lula nesta Superquarta (17); dólar atinge R$ 5,29.

Os mercados demonstram certa cautela, mesmo com a expectativa generalizada de que o Federal Reserve (Fed) reduzirá a taxa de juros básica nos Estados Unidos. A dúvida persiste sobre se Jerome Powell, presidente da instituição, fornecerá sinais sobre os próximos movimentos da política monetária americana, em um cenário de forte pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, por cortes adicionais nas taxas de juros.

“O aspecto mais relevante não é apenas o iminente corte, mas, principalmente, o que Jerome Powell irá comunicar. A expectativa é que ele indique se haverá cortes em outubro ou dezembro”, afirma Alison Correia, analista de investimentos e co-fundadora da Dom Investimentos.

Expectativas para ativos brasileiros

No cenário interno, ativos brasileiros podem perder parte do otimismo recente, em razão da expectativa de um corte de juros nos EUA. Permanecem no radar a potencial candidatura presidencial do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que representa o partido Republicanos, e a desaprovação do governo Lula.

Desempenho do Índice Bovespa

O Índice Bovespa pode passar por um processo de realização de lucros. Ontem, o indicador da B3 atingiu uma nova máxima, encerrando o dia aos 144.061,74 pontos, enquanto a moeda americana, o dólar, finalizou o dia abaixo do nível de R$ 5,30, o que pressiona os juros futuros.

No mercado cambial, o dólar opera com alta em relação a outras moedas de economias desenvolvidas. Em comparação ao real, a moeda norte-americana apresenta uma leve alta de 0,03%, sendo negociada a R$ 5,2997.

Commodities em baixa

As commodities enfrentam perdas nesta manhã, com a cotação do minério de ferro apresentando uma queda de 0,12% na China, enquanto o petróleo registra uma queda de 0,30%.

Ibovespa: anotações nesta Superquarta (17)

Copom e Fed: perspectivas sobre decisões de juros

Os investidores estão atentos para mais uma Superquarta, dia em que os bancos centrais dos Estados Unidos e do Brasil divulgam suas decisões sobre política monetária.

O Federal Reserve deve cortar os juros pela primeira vez desde dezembro de 2024. O mercado espera uma redução de 0,25 ponto percentual, ajustando a taxa para um intervalo entre 4% e 4,25%.

Enquanto isso, a expectativa entre os agentes do mercado brasileiro é de que o Comitê de Política Monetária (Copom) manterá a Selic em 15% ao ano na reunião de hoje, conforme indicado pelo Projeções Broadcast. Essa expectativa é apoiada pelas sinalizações da autoridade monetária sobre a necessidade de manter a taxa básica de juros elevada por um “período prolongado”. Contudo, o quanto prolongado é esse período continua sendo objeto de discussão entre analistas.

Às 15h, o Fed deverá divulgar sua decisão sobre as taxas de juros nos EUA, seguida pela coletiva de imprensa do presidente Jerome Powell. No final do dia, o Copom vai anunciar sua decisão de política monetária.

Aprovação do governo Lula e suas repercussões

A pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira, mostra que a aprovação do governo Lula se manteve estável em setembro. O levantamento revela que 51% dos entrevistados desaprovam a gestão, enquanto 46% aprovam e 3% não souberam ou não responderam. Esses números permanecem inalterados em comparação à pesquisa do mês anterior, agosto.

O mesmo estudo indica que 50% dos entrevistados consideram que o governo Lula está apresentando um desempenho inferior ao esperado, um aumento em relação aos 45% que opinaram assim em maio. Por outro lado, 21% afirmam que a gestão está melhor do que esperavam, uma ligeira elevação em comparação aos 16% registrados em maio. Aqueles que não souberam ou preferiram não responder também diminuíram de 3% para 2%.

A pesquisa também revela que a maioria dos brasileiros apoia as posturas do presidente Lula em relação a temas de política internacional. Aproximadamente 64% afirmam que o governo tem agido corretamente ao defender a soberania do país frente às tarifas impostas por Trump, enquanto 26% acreditam que Lula erra nesse aspecto. Por fim, 10% não souberam ou não responderam.

Esses dados, assim como outros fatores presentes no cenário diário, são monitorados pelos investidores e possuem o potencial de impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, o que pode, por sua vez, influenciar o desempenho do índice Ibovespa futuro.

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