No exterior, o mercado financeiro observa atentamente o índice de preços dos gastos com consumo (PCE) dos Estados Unidos, o qual é considerado a métrica de inflação preferida do Federal Reserve (Fed), que é o banco central americano. Nesse contexto, os futuros de Nova York apresentam um fôlego curto, enquanto as bolsas europeias demonstram uma alta moderada.
De acordo com os movimentos observados no exterior, o Índice Bovespa nesta data pode apresentar um desempenho limitado no início do pregão, mostrando-se possivelmente mais vulnerável aos indicadores econômicos provenientes dos Estados Unidos. Além disso, a descida no valor do minério de ferro (1,74%) e do petróleo (0,10%) deve impactar negativamente as ações de empresas mineradoras e petroleiras. No setor cambial, o dólar apresenta uma leve queda de 0,09% em relação ao real, cotado a R$ 5,3598.
Durante o dia, o mercado brasileiro também deverá analisar os possíveis impactos decorrentes das novas tarifas impostas pelo governo de Donald Trump ao Brasil. Embora o país não seja um exportador significativo de medicamentos ou caminhões pesados para os Estados Unidos, categorias que estão sujeitas a tarifas, o Brasil efetua exportações de móveis, armários e pias de banheiro para o território americano.
Ibovespa futuro: o que você deve acompanhar nesta sexta-feira (26)
Tarifas impostas por Trump
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma nova tarifa de 100% sobre a importação de produtos farmacêuticos, além de 50% sobre armários de cozinha e pias de banheiro, 30% sobre móveis estofados e 25% sobre caminhões pesados, que passam a vigorar a partir de 1º de outubro.
Essa medida tem o potencial de dobrar os preços de diversos medicamentos, causando impacto em outras despesas relacionadas à saúde, como os custos do Medicare e Medicaid, além de gerar preocupações quanto à inflação. As ações de empresas farmacêuticas, como resultado, caíram na Ásia e estão sob pressão na Europa. No contexto dos Estados Unidos, os papéis do setor, incluindo os da Pfizer e da Merck, apresentaram valorização no pré-mercado, enquanto as ações da UnitedHealth recuaram.
Gol decide desistir da fusão com a Azul
O Grupo Abra, que controla a empresa Gol, comunicou à Azul que está encerrando as discussões acerca de uma possível fusão entre as duas companhias. Essa decisão, que inclui também a rescisão do acordo de codeshare (compartilhamento de voos), é atribuída à falta de progresso nas conversas e a mudanças no cenário desde a assinatura do memorando de entendimento (MoU), ocorrido em janeiro deste ano.
“As partes não tiveram discussões significativas ou progrediram em uma possível operação de combinação de negócios por vários meses como resultado do foco da Azul em seu processo de Chapter 11“, afirmou o grupo controlador da Gol.
Essas informações e outros dados relevantes se tornam fundamentais para os investidores, podendo afetar as negociações na bolsa de valores brasileira, especialmente no que diz respeito ao índice Ibovespa futuro.
Fonte: einvestidor.estadao.com.br