Ibovespa futuro desvaloriza com pacto comercial EUA-UE e medidas tarifárias de Trump; dólar atinge R$ 5,48.

O mercado também está atento ao Simpósio de Jackson Hole, promovido pelo Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, e ao aumento da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para as eleições de 2026.

O ambiente nos mercados internacionais é de cautela, com parte das bolsas operando em queda antes do evento em Jackson Hole e em meio a dados sobre a atividade dos Índices de Gerentes de Compras (PMIs) dos EUA. Em Nova York, os índices futuros de ações apresentam recuo.

Na manhã de hoje, investidores estão acompanhando um acordo comercial firmado entre os EUA e a União Europeia (leia mais abaixo). Washington reafirmou o teto tarifário de 15% sobre a maioria dos produtos da UE, a mesma alíquota aplicada a automóveis e peças automotivas.

No principal índice da B3, o clima também pode ser de cautela devido ao humor externo, em meio a dados de arrecadação de julho, que devem melhorar marginalmente. As commodities favorecem a recuperação do índice, com o minério de ferro em alta de 0,98% e o petróleo subindo cerca de 0,40%.

O mercado brasileiro de ações observa ainda a pesquisa Genial/Quaest, que mostra o presidente Lula avançando em todos os cenários de segundo turno e oscilando para cima contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

No câmbio, o dólar hoje começou em alta de 0,30%, cotado a R$ 5,4895, seguindo a valorização da moeda americana no exterior.

Os principais assuntos do Ibovespa futuro nesta quinta-feira (21)

EUA e UE firmam acordo comercial

Os EUA e a União Europeia anunciaram nesta quinta-feira a estrutura para um acordo comercial e tarifário. Em comunicado divulgado pela Casa Branca, destaca-se que o “esboço” irá consolidar a relação comercial e de investimento entre as partes e revitalizar a reindustrialização das economias envolvidas.

“(O esboço) reflete o reconhecimento, pela UE, das preocupações dos EUA e nossa determinação conjunta em resolver nossos desequilíbrios comerciais e liberar todo o potencial de nosso poder econômico combinado”, afirma o comunicado.

De acordo com o que foi acordado, o bloco europeu deverá eliminar tarifas sobre todos os produtos industriais americanos e fornecer acesso preferencial ao mercado para uma ampla gama de frutos do mar e produtos agrícolas dos EUA. Por outro lado, Washington reafirmou o teto tarifário de 15% sobre a maioria dos produtos da UE, a mesma alíquota que se aplica a automóveis e peças automotivas.

Ofensiva de Trump impõe cautela sob o Brasil

Tensões entre Brasil e EUA se intensificam com nova ofensiva de Trump. (Foto: Adobe Stock)

A guerra híbrida iniciada pelo governo Trump contra o Brasil, que combina uma ofensiva no âmbito comercial e institucional, continua sendo o principal assunto doméstico.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou que a orientação do presidente Lula é de que o Brasil prossiga nas negociações com os EUA frente ao tarifaço de 50% aplicado sobre produtos brasileiros, mas reconheceu a dificuldade das conversas.

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que o Judiciário não possui poder de interferir em conflitos internacionais. Para o presidente do Conselho da Open Society, Alex Soros, as tarifas e sanções impostas contra o Brasil configuram uma tentativa de intervenção no regime político brasileiro.

Esses e outros dados do dia permanecem no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.

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