Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) em Setembro
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) apresentou uma alta de 0,42% no mês de setembro, em comparação ao incremento de 0,36% registrado em agosto. Com esse resultado, o indicador acumula uma queda total de 0,94% no ano, enquanto a alta nos últimos 12 meses chega a 2,82%. No mesmo mês do ano de 2024, a variação foi de 0,62%, com um aumento de 4,53% em suas taxa anual.
Análise da Situação Atual do IGP-M
De acordo com a análise de André Braz, economista do FGV IBRE, tanto o Índice de Preços ao Produtor (IPA) quanto o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) demonstraram uma aceleração quando se compara os meses de agosto e setembro. No caso do IPA, não foram verificadas altas nos preços das matérias-primas, porém, a queda nos preços dos bens finais foi menos acentuada, o que contribuiu para essa aceleração no IGP-M. Esse fenômeno de uma menor elevação nos preços das matérias-primas pode minimizar a pressão para que haja repasses ao longo da cadeia produtiva. No que diz respeito ao IPC, o fim do bônus de Itaipu levou a um aumento no custo da energia elétrica, que passou a ser a principal influência sobre o índice que mede a variação do custo de vida.
Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou uma alta de 0,49% em setembro, superando a taxa de 0,43% observada em agosto. Nos diferentes estágios de processamento, observou-se que os Bens Finais sofreram uma queda de 0,02%, após a redução mais intensa de 0,55% registrada anteriormente. O índice de Bens Finais (ex), que exclui alimentos in natura e combustíveis, teve uma reversão em sua trajetória, saltando de -0,23% em agosto para 0,05% em setembro. O grupo Bens Intermediários, por sua vez, caiu 0,42%, após ter registrado uma queda de 0,21% no mês anterior, enquanto as Matérias-Primas Brutas apresentaram uma alta de 1,47%, ligeiramente inferior ao crescimento de 1,56% anotado em agosto.
Índice de Preços ao Consumidor (IPC)
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou um aumento de 0,25% em setembro, revertendo a queda de 0,07% observada no mês anterior. Quatro dos oito grupos analisados apresentaram aceleração em suas variações. As categorias foram: Habitação, que passou de -0,19% para 1,14%; Educação, Leitura e Recreação, que subiu de -0,78% para 0,38%; Transportes, com variação de -0,22% para 0,16%; e Alimentação, que saiu de -0,42% para -0,29%. Em contraste, as categorias Saúde e Cuidados Pessoais, Despesas Diversas, Comunicação e Vestuário mostraram uma desaceleração em suas respectivas taxas.
Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou uma alta de 0,21% em setembro, em comparação com a variação de 0,70% observada em agosto. Todos os componentes do índice apresentaram desaceleração. Foi o caso dos Materiais e Equipamentos, que caíram 0,05% após uma alta de 0,56%; os Serviços, que recuaram de 0,82% para 0,18%; e a Mão de Obra, que passou de 0,85% para 0,54%.
Impactos no Mercado Financeiro
A aceleração do IGP-M pode exercer pressão sobre as expectativas inflacionárias no curto prazo, afetando o mercado de juros futuros, especialmente representados pelo BMF:DI1FUT, e influenciando a curva de rendimentos dos títulos públicos. Esta movimentação também tende a gerar volatilidade nas taxas de câmbio, que podem se refletir na Paridade entre o Dólar Americano e o Real Brasileiro (FX:USDBRL). Além disso, o aumento nos custos de energia e alimentos pode impactar empresas dos setores de consumo e elétrico na bolsa de valores.
Relevância do IGP-M para Investidores
Embora não exista uma cotação direta relacionada ao IGP-M, esse indicador é de suma importância para o mercado em geral, uma vez que ele é responsável pela correção de contratos de aluguel, tarifas e outros preços que são administrados. A aceleração do IGP-M em setembro reforça a necessidade de os investidores se manterem atentos às projeções de inflação e aos desdobramentos que podem ocorrer na política monetária do Banco Central.
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Fonte: br.-.com