Índice preferido de inflação do Fed registra leve alta em agosto

Aceleração da Inflação nos Estados Unidos

Aumento no Índice de Preços

O índice de preços das despesas de consumo pessoal (PCE), que é o indicador preferido do Federal Reserve para medir a inflação, apresentou uma ligeira aceleração em agosto em comparação ao ano anterior. O Departamento de Comércio relatou na última sexta-feira que o índice PCE aumentou 2,7% em agosto em relação ao mesmo mês do ano anterior, uma leve alta em comparação ao aumento de 2,6% registrado em julho, sendo o maior percentual desde fevereiro.

Inflação de PCE Excluindo Alimentos e Energia

Quando consideramos apenas a inflação núcleo do PCE, que exclui os preços voláteis de alimentos e energia, houve um aumento de 2,9% nos preços em comparação a agosto de 2024, mantendo o mesmo índice de julho. Esses aumentos estavam dentro das expectativas dos analistas.

Comparação Mensal dos Preços

Os preços subiram 0,3% em agosto em relação a julho, em contraste com o aumento de 0,2% observado no mês anterior. No caso dos preços núcleo, o aumento foi de 0,2%, igualando-se ao índice observado em julho.

Gastos dos Consumidores

Além disso, o relatório indicou um crescimento nos gastos dos consumidores, que aumentaram 0,4% em relação a julho. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelo aumento de 0,7% nos gastos com bens; por outro lado, os gastos com serviços, como viagens e refeições fora de casa, tiveram uma elevação mais modesta, de apenas 0,2%.

Rendimento dos Trabalhadores

Os rendimentos também apresentaram um aumento de 0,4%, mantendo-se o mesmo percentual do mês anterior. O rendimento dos trabalhadores autônomos e proprietários de negócios teve um incremento de 0,9% pelo segundo mês consecutivo. Em termos de salários e vencimentos, houve um crescimento de 0,3% em relação a julho, uma ligeira queda em relação ao aumento de 0,5% registrado no mês anterior.

Tendência da Inflação e Medidas do Federal Reserve

A inflação tem apresentado uma queda desde que os preços em alta motivaram o Federal Reserve a elevar sua taxa de juro de referência em 11 ocasiões durante 2022 e 2023. Contudo, os aumentos anuais dos preços continuam a estar teimosamente acima da meta definida pelo banco central, que é de 2%.

Na semana passada, o Federal Reserve decidiu reduzir a taxa de juros pela primeira vez no ano, conforme uma tentativa de aliviar os custos de empréstimos devido à deterioração do mercado de trabalho nos Estados Unidos. No entanto, a entidade tem agido com cautela ao implementar cortes, aguardando os efeitos das amplas taxas de importação propostas pelo presidente Donald Trump sobre a inflação e a economia em geral.

Pressão Política Sobre o Federal Reserve

Há meses, Trump tem pressionado incessantemente o Federal Reserve para uma redução de taxas mais agressiva, referindo-se ao presidente do Fed, Jerome Powell, como “Tarde Demais” e "idiota", além de afirmar que não há inflação.

No mês passado, Trump tentou demitir Lisa Cook, uma membro da diretoria do Federal Reserve, em um esforço para obter maior controle sobre o banco central. Cook contestou sua demissão na Justiça, e a Suprema Corte decidirá se ela pode permanecer no cargo enquanto o caso avança pelo sistema judicial.

Preferência do Federal Reserve pelo PCE

O Federal Reserve tende a favorecer o índice de preços PCE, divulgado na última sexta-feira, em detrimento do mais conhecido índice de preços ao consumidor (CPI). O índice PCE busca levar em consideração as mudanças nos hábitos de consumo das pessoas quando a inflação aumenta. Por exemplo, ele pode captar quando os consumidores decidem trocar marcas nacionais mais caras por marcas mais baratas disponíveis nas lojas.

Fonte: finance.yahoo.com

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