Indústria química apoia o Plano Brasil Soberano e deseja ampliar as negociações.

Abiquim Apoia o Plano Brasil Soberano

A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) emitiu uma nota na última sexta-feira, dia 15, expressando apoio ao Plano Brasil Soberano, que foi apresentado pelo governo federal na quinta-feira anterior. Esse plano é visto como uma medida crucial em um momento delicado para a indústria química brasileira, que atualmente exporta cerca de US$ 2,5 bilhões anualmente para os Estados Unidos.

Contexto das Tarifas Americanas

O cenário se complicou no início deste mês, quando o governo do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs uma tarifa adicional de 40% sobre os produtos brasileiros exportados para o país. Somada a uma tarifa de 10% já estabelecida em abril, o total de tarifas agora chega a 50%.

Após o "Tarifaço"

A Abiquim enfatizou que o Plano Brasil Soberano não se limita a oferecer apoio financeiro, mas também inclui:

  • Ajustes tributários
  • Prorrogação de prazos
  • Medidas voltadas à proteção do emprego

Diálogo com o Setor Químico

De acordo com a Abiquim, o plano dialoga com as necessidades históricas do setor químico, assim como de seus principais clientes. As indústrias que transformam insumos químicos em produtos de maior valor agregado, consumidos no mercado norte-americano, incluem segmentos como:

  • Plásticos
  • Calçados
  • Alimentos
  • Vestuário
  • Cosméticos
  • Higiene pessoal

Produtos Atingidos pela Tarifação

A nota da Abiquim também destacou que, entre os 700 produtos inicialmente listados no "tarifaço", cinco itens foram excluídos, resultando em um impacto financeiro positivo, correspondente a aproximadamente US$ 1 bilhão em exportações.

Oportunidades de Exclusão

Além disso, a entidade observou que existem ainda outros produtos do setor que podem ser retirados da tarifação nos Estados Unidos, o que potencialmente significaria um aumento de cerca de US$ 500 bilhões em vendas. No entanto, a Abiquim alerta que a ampliação dessa lista depende de “avanços rápidos nas negociações diretas entre os governos brasileiro e americano”.

Necessidade de Novos Mercados

A associação também destacou que, caso as tarifas permaneçam, será fundamental buscar novos mercados para atenuar as perdas do setor. A situação é delicada, uma vez que o setor químico emprega mão de obra altamente qualificada, e qualquer impacto no emprego pode se manifestar de forma mais lenta.

Monitoramento Contínuo

"É imperativo um monitoramento constante", afirmou a Abiquim, ressaltando que o pacote de medidas implementadas é inédito e exige acompanhamento para avaliar sua eficácia. A entidade não descarta a possibilidade de uma segunda fase de ações caso a primeira não se mostre satisfatória.

Conclusão

O apoio da Abiquim ao Plano Brasil Soberano revela a importância de ações coordenadas em um cenário global cada vez mais competitivo. A indústria química, vital para a economia brasileira, enfrenta desafios significativos, mas também oportunidades que, se bem aproveitadas, podem resultar em um futuro mais sólido para o setor. Com negociações em curso e a busca por novos mercados, a expectativa é que a indústria consiga se adaptar e prosperar, mesmo diante de adversidades.

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