IPCA-15: Análise da prévia da inflação em outubro
O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15), considerado a prévia da inflação, apresentou uma alta de 0,18% em outubro. Esse índice indica uma perda de força em comparação à alta de 0,48% registrada em setembro. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (24) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Menor resultado desde 2022
Este resultado representa o menor índice para a prévia da inflação do mês de outubro desde o ano de 2022, quando o indicador teve um aumento de 0,16%.
Acumulados acumulados
Com os dados de outubro, o IPCA-15 acumula uma alta de 4,94% nos últimos 12 meses. No que diz respeito ao acumulado de 2025, a prévia da inflação registra uma elevação de 3,94%.
Expectativas dos analistas
O resultado divulgado ficou abaixo das previsões elaboradas por analistas de mercado. De acordo com um levantamento realizado pela Reuters, a expectativa era de um aumento de 0,25% no índice para esse mês.
Grupos de gasto
Dos nove grupos que foram pesquisados pelo IBGE, seis mostraram variação positiva.
Transportes: o maior impacto
O grupo que apresentou o maior impacto foi Transportes, que teve um aumento de 0,41%. Esse segmento foi fortemente influenciado pelas altas nas passagens aéreas, que subiram 4,39%, e nos combustíveis, que avançaram 1,16%.
No detalhamento dos combustíveis, o etanol apresentou uma alta de 3,09%, a gasolina subiu 0,99%, enquanto o óleo diesel teve um aumento de apenas 0,01%. Por outro lado, o gás veicular registrou uma queda de 0,40%.
Energia elétrica
A energia elétrica, objeto de destaque entre os vilões do IPCA-15 no mês anterior, registrou uma deflação de 1,09%. Isso se deve à vigência da bandeira tarifária vermelha, patamar 1, que, a partir de outubro, adiciona R$ 4,46 na conta de luz para cada 100 kWh consumidos.
Outros grupos em alta e baixa
A alta da prévia da inflação também foi observada em outros grupos. O setor de Vestuário teve um aumento de 0,45%, Despesas Pessoais avançou 0,42%, Saúde e Cuidados Pessoais apresentou alta de 0,24%, enquanto Habitação e Educação registraram aumentos de 0,16% e 0,09%, respectivamente.
Por outro lado, três grupos apresentaram variação negativa. Artigos de residência caiu 0,64%, Comunicação teve uma variação de -0,09% e Alimentação e Bebidas mostrou uma leve queda de 0,02%.
Dessa forma, as flutuações dos preços refletem a dinâmica atual da economia brasileira, com setores distintos respondendo de maneiras variadas às pressões inflacionárias.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br