Atualização do Itaú BBA sobre o Assaí
O Itaú BBA atualizou o preço-alvo para as ações do Assaí (ASAI3) para R$ 13, o que representa um potencial de alta de 26%. Focando na tese de fluxo de caixa livre (FCF, na sigla em inglês), a instituição reafirma a classificação outperform para a varejista de alimentos, o que equivale a uma recomendação de compra.
Contexto Financeiro e Expectativas
A equipe liderada por Rodrigo Gastim destaca que o momentum da empresa está atrelado à receita bruta. Como principal alavanca para a criação de valor, a análise aponta a redução da dívida e a sua transferência de valor para os acionistas. “Isso permanece em grande parte intacto, com uma estimativa de R$ 480 milhões de FCF gerados no primeiro semestre, superando as expectativas e reforçando a projeção de mais de R$ 1 bilhão para os próximos anos”, afirma o BBA.
No curto prazo, os analistas observam que a receita bruta ficou abaixo do esperado, o que será essencial para influenciar a percepção dos investidores. Após um abril robusto, o crescimento foi impactado por um desempenho inferior na segunda metade do trimestre. “Antecipamos que os investidores irão revisar ligeiramente as receitas para baixo, com uma menor inflação alimentar, impulsionada por um real mais forte, representando um desafio adicional. O terceiro trimestre será crucial para discernir a tendência”, complementam os analistas.
Revisão de Estimativas
O BBA também revisou as suas estimativas para monitorar a geração de caixa e as tendências de receita. Os analistas projetam um lucro líquido (ex-IFRS 16) de R$ 1,315 bilhão para 2026, implicando em uma leve revisão para baixo de 2%, refletindo tendências mais fracas na receita.
Resultados do 2T25 do Assaí
A varejista de alimentos reportou um lucro líquido de R$ 264 milhões no segundo trimestre, representando um aumento de 60% em relação ao resultado do ano anterior, impulsionado por melhorias operacionais e crescimento do faturamento no período.
Ajustando para a exclusão do reconhecimento de créditos fiscais de R$ 86 milhões no Imposto de Renda, o lucro líquido da empresa cresceu 7,6%, atingindo R$ 178 milhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da rede de atacarejo aumentou 11,8% no período, alcançando R$ 1,08 bilhão. A receita líquida cresceu 6,3% na mesma comparação, totalizando R$ 19 bilhões, devido à maturação de novas lojas e um avanço de 4,6% nas vendas de “mesmas lojas”.
Resultados Financeiros e Alavancagem
O resultado financeiro do período foi negativo em R$ 565 milhões, apresentando um aumento de 20,7% em relação ao segundo trimestre de 2024, impactado pelo elevado nível de juros.
A alavancagem da empresa, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado, recuou para 3,17 vezes no segundo trimestre, em comparação a 3,65 vezes um ano antes.
*Com Reuters