Juros futuros aumentam nesta quinta-feira com inclinação da curva após decisão do Fed e cautela global

Avanços na Curva de Juros Brasileira

O mercado de juros futuros no Brasil fechou a quinta-feira, 30 de outubro, com uma alta generalizada, observando uma inclinação na curva de juros e uma pressão significativa sobre os vértices de maior prazo. A sessão foi marcada por volatilidade e uma postura cautelosa por parte dos investidores, refletindo as recentes decisões do Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos, que optou por reduzir as taxas de juros, e os comentários do presidente Jerome Powell, que indicou incertezas quanto a novos cortes a serem realizados em dezembro. O clima predominante entre os investidores foi de aversão ao risco, com uma atenção redobrada aos cenários fiscal e político.

Destaques da Sessão

Durante a sessão, os contratos com vencimento em janeiro de 2027 (BMF:DI1F27) foram os que mais se valorizaram, apresentando um aumento de 0,40%, encerrando a taxa em 13,915% ao ano. Outros contratos que se destacaram incluem aquele com vencimento em janeiro de 2028 (BMF:DI1F28) e janeiro de 2029 (BMF:DI1F29), que registraram uma alta de 0,27% e encerraram com taxas de 13,235% e 13,195%, respectivamente. Por outro lado, a única queda foi observada no contrato com vencimento em janeiro de 2026 (BMF:DI1F26), que teve uma diminuição de 0,01%, fechando em 14,892%.

Os vértices de curto e médio prazo mantiveram uma liquidez elevada, com os vencimentos em janeiro de 2027 e janeiro de 2028 destacando-se, movimentando, respectivamente, 982.046 e 712.113 contratos. Esses vencimentos continuam como os mais líquidos no mercado de DI Futuro, evidenciando a preferência dos investidores por prazos intermediários em suas estratégias de hedge e posicionamento.

Vértebras de Longo Prazo

Os vértices de longo prazo, que são mais sensíveis ao cenário fiscal e político, também mostraram volumes significativos durante a sessão. Os contratos com vencimento em janeiro de 2029 (BMF:DI1F29) e janeiro de 2031 (BMF:DI1F31) movimentaram, respectivamente, 523.083 e 289.272 contratos. Essa movimentação pode ser interpretada como um reflexo das expectativas sobre a trajetória da dívida pública e as decisões de política monetária no Brasil.

Impactos da Decisão do Federal Reserve

A alta observada na curva de juros brasileira foi impulsionada pela decisão do Federal Reserve de reduzir a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, que agora se encontra na faixa de 3,75% a 4,00% ao ano. Essa decisão, embora amplamente antecipada, foi acompanhada por um discurso cauteloso de Powell, que deixou claro que novos cortes em dezembro não estão garantidos. A persistência da inflação e os sinais de uma desaceleração do mercado de trabalho nos Estados Unidos levaram a um aumento nos rendimentos dos Treasuries, com o título de 10 anos alcançando 4,08%.

Além disso, foi anunciado o fim do programa de redução de ativos (QT – Quantitative Tightening), que começará a partir de 1º de dezembro. Essa notícia adicionou um elemento de incerteza ao mercado global. No contexto brasileiro, a curva de juros se inclinou, com os vértices mais longos absorvendo a maior parte da pressão, um fenômeno que reflete o aumento do dólar e seu impacto sobre os ativos de renda fixa. Os títulos do Tesouro Direto voltaram a oferecer rendimentos mais altos, o que pode representar uma oportunidade para investidores que buscam proteção e rentabilidade.

Investidores interessados podem acompanhar em tempo real a curva de juros e todos os vencimentos do DI Futuro acessando a Central de Juros Futuros. Com uma ferramenta eficiente, é possível ter uma visão clara das transações e alterações neste mercado dinâmico.

A análise e pesquisa financeira impulsionadas por Inteligência Artificial são disponibilizadas no mercado por empresas especializadas, proporcionando um suporte valioso aos investidores.

Fonte: br.-.com

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