Taxas do DI Futuro avançam, com destaque para contratos a partir de 2028; curva de juros precifica mais prêmio diante de incertezas fiscais e externas
Os juros futuros encerraram a sessão desta quinta-feira, 2 de outubro, com uma alta generalizada. Esse movimento teve um impacto significativo na curva de juros, especialmente nos vértices médios e longos. O mercado demonstrou maior cautela, em meio a ajustes no cenário internacional e a uma crescente percepção de risco fiscal no Brasil. Como resultado, as taxas dos contratos mais negociados do DI Futuro aumentaram.
Contratos com Vencimento em 2029 e 2030
Entre os destaques do dia, os contratos com vencimento em janeiro de 2029 (BMF:DI1F29) registraram a maior elevação, com um aumento de 0,91%, para 13,375% ao ano. Na ponta longa, os contratos com vencimento em janeiro de 2030 (BMF:DI1F30) avançaram 0,94%, encerrando a sessão em 13,475% ao ano. Os vencimentos intermediários também seguiram o movimento, como é o caso dos contratos com vencimento em janeiro de 2028 (BMF:DI1F28), que subiram 0,64%, alcançando 13,46% ao ano.
Contratos de Curto Prazo
No que diz respeito ao curto prazo, os contratos com vencimento em janeiro de 2026 (BMF:DI1F26) apresentaram uma leve alta de 0,01%, fechando em 14,899% ao ano. Embora essa variação percentual tenha sido menor, esse vértice ainda se posicionou entre os mais líquidos do pregão, com um volume negociado de 423.796 contratos. Isso demonstra que o mercado mantém um forte interesse nas apostas de curto e médio prazo do DI Futuro.
Volume Negociado nos Vértices Intermediários
Os vértices intermediários continuaram a concentrar os maiores volumes de negociação. Os contratos com vencimento em janeiro de 2027 (BMF:DI1F27) movimentaram 706.215 contratos, apresentando uma alta de 0,32%, fechando a 14,095% ao ano. Já os contratos com vencimento em janeiro de 2028 (BMF:DI1F28) se destacaram como os mais líquidos do dia, com 866.192 contratos negociados. Esses pontos da curva são considerados como os principais termômetros das expectativas em relação à política monetária do Banco Central.
Contratos com Vencimento em 2031 e 2032
Na parte longa da curva, os contratos com vencimento em janeiro de 2031 (BMF:DI1F31) foram especialmente notáveis, apresentando um avanço de 0,93%, com fechamento a 13,565% ao ano, e um volume expressivo de 303.473 contratos. Também merecem destaque os contratos com vencimento em janeiro de 2032 (BMF:DI1F32), que subiram 0,89%, atingindo 13,645% ao ano, com uma movimentação de 111.518 contratos. Esses vértices da curva de juros são mais sensíveis às incertezas fiscais e ao ambiente político, fatores que impactam o prêmio de risco.
Ajustes nas Posições dos Investidores
Com a curva em tendência de alta, investidores ajustaram suas posições em resposta às discussões sobre as contas públicas no Brasil e ao ambiente externo, que ainda se mostra volátil. A expectativa em torno da política monetária nos Estados Unidos e a oscilação dos rendimentos dos Treasuries são fatores que também influenciam esse cenário. A percepção de risco elevado teve um impacto significativo, especialmente sobre os vencimentos mais longos do DI Futuro, que são considerados referências de confiança na sustentabilidade fiscal do Brasil.
Os investidores têm demonstrado interesse em acompanhar as mudanças no mercado e as possíveis implicações para suas estratégias de investimento.
Os setores financeiros e profissionais do mercado estão convidados a continuar acompanhando as oscilações e atualizações da curva de juros e dos vencimentos do DI Futuro, uma vez que essas movimentações são fundamentais para a tomada de decisões informadas na área de investimentos.
Fonte: br.-.com