Magazine Luiza (MGLU3) registra alta de 5,70% nesta quinta-feira (30/10) e se destaca entre os principais ganhos do Ibovespa.

Magazine Luiza: As Altas no Ibovespa e Expectativas para o 3T25

Na quinta-feira, 30 de outubro, o Magazine Luiza (BOV:MGLU3), uma proeminente varejista de eletrodomésticos e eletrônicos no Brasil, destacou-se no mercado ao liderar as altas do índice Ibovespa. Com uma valorização de 5,70%, as ações da empresa fecharam em um valor que reflete o otimismo dos investidores sobre uma possível melhora nos resultados financeiros do terceiro trimestre de 2025. Este entusiasmo ocorre mesmo diante de um ambiente de juros ainda elevados e de uma concorrência intensa. A valorização ao longo do ano se deve a uma estratégia multicanal mais eficaz e à recuperação das margens operacionais, que gerou um clima de compras generalizadas, apesar da volatilidade observada recentemente no setor de varejo.

Em um dia marcado por um Ibovespa praticamente estável, que subiu apenas 0,10%, outras empresas também se destacaram. A MRV (BOV:MRVE3), focada no segmento de imóveis residenciais acessíveis, teve uma alta de 4,22%. Esse aumento ocorreu em um contexto de juros mais estáveis, o que favorece o financiamento habitacional. Já a Isa Energia Brasil (BOV:ISAE4), empresa atuante na transmissão de energia, subiu 2,33%, reportando um lucro de R$ 550 milhões no trimestre, 27,4% superior ao anterior, devido ao controle das despesas e ao aumento nas margens. Essas movimentações refletem uma seleção cuidadosa dos investidores, que focam em papéis com fundamentos sólidos.

Setor de Mineração e Petróleo

No setor de mineração e petróleo, a Vale (BOV:VALE3), líder global em produção de minério de ferro e níquel, fechou em alta de 0,81%. Essa melhora é atribuída a uma produção recorde de 94,4 milhões de toneladas no trimestre. Em contraste, a Petrobras (BOV:PETR4), estatal de exploração e refino de petróleo, não viu altas significativas em suas ações, mas contribuiu para um panorama positivo no setor de commodities.

Desempenho do Setor Financeiro

Entre as empresas do setor financeiro que apresentaram resultados positivos, o Banco do Brasil (BOV:BBAS3), focado em agronegócio e varejo, registrou um aumento de 1,93%. O Santander Brasil (BOV:SANB11), proveniente da Espanha e que oferece produtos como cartões e financiamentos, avançou 2,11%. A BB Seguridade (BOV:BBSE3), seguradora associada ao Banco do Brasil, apresentou um aumento de 1,11%, refletindo uma perspectiva otimista com relação aos resultados trimestrais e ao retorno sobre o patrimônio líquido (ROAE) em ascensão. A Caixa Seguridade (BOV:CXSE3), holding de seguros da Caixa, também fechou em alta, com uma valorização de 1,14%, impulsionada pela eleição de um novo diretor-presidente que sinaliza continuidade na estratégia da empresa.

Motivos para as Valorização das Ações

Os fatores que impulsionaram as altas das ações variaram, mas podem ser atribuídos a balanços financeiros robustos de diversas empresas. A Ambev, por exemplo, surpreendeu o mercado com um lucro 36,4% maior e anunciou um programa de recompra de ações. A Hypera, atuante no setor de saúde, conseguiu manter margens resilientes. A MRV beneficiou-se do acesso facilitado ao financiamento, enquanto a Isa Energia se destacou pela eficiência operacional e um lucro 27,4% superior. O Magazine Luiza, por sua vez, se beneficia das expectativas para os resultados do terceiro trimestre, que serão divulgados em 6 de novembro, com uma previsão de lucro de R$ 20 milhões, apesar de alguns analistas terem cortado as projeções de preço-alvo das ações.

Análise Técnica da Magazine Luiza

A análise técnica das ações do Magazine Luiza (BOV:MGLU3) revela que o ativo rompeu resistências recentes com um volume elevado, apresentando um padrão de alta expressiva. Esta situação sugere um teste na média móvel de 50 dias, com o Índice de Força Relativa (RSI) saindo de uma condição de sobrevenda e o MACD apresentando um cruzamento positivo. Isso indica uma possível continuidade do momentum positivo, desde que o papel mantenha-se acima do suporte imediato estabelecido pela mínima do dia anterior, tendo em vista um contexto de varejo que parece responder bem aos indícios de um consumo em recuperação.

A jornada de ontem também evidenciou que balanços superior ao esperado e estratégias de recompra podem impulsionar o Ibovespa de forma seletiva. Setores como o de varejo e saúde foram os mais destacados, apesar de um índice geral estável. Essas movimentações sublinham oportunidades em segmentos defensivos e cíclicos, incentivando os investidores a ficarem atentos aos próximos lançamentos de resultados.

Expectativas para o Pregão Seguinte

As ações do Magazine Luiza se encontram no pregão desta sexta-feira, 31 de outubro, em uma zona crítica de definição técnica, com um potencial rompimento da resistência estabelecida em R$ 8,82. Na última quinta-feira, a ação permaneceu estável em R$ 8,53, mas o gráfico sugere um acúmulo de força compradora que aponta para uma nova onda de alta, caso o volume de negociações aumente.

O ativo acumulou uma valorização significativa em 2025, impulsionada pela expectativa de recuperação operacional no setor varejista. A faixa de preço entre R$ 8,25 e R$ 8,64 funcionou como uma zona de congestão. O rompimento dessa resistência pode abrir novos alvos em R$ 9,20 e R$ 9,50.

Do ponto de vista fundamentalista, o mercado aguarda ansiosamente a divulgação dos resultados do terceiro trimestre, programada para 6 de novembro. A XP Investimentos estima um lucro líquido de R$ 20 milhões, no entanto, o Citi cortou o preço-alvo das ações, mantendo uma recomendação de venda em função de riscos associados à concorrência intensa e dependência do panorama de juros.

A empresa tem se concentrado em aumentar sua eficiência operacional e aperfeiçoar sua estratégia multicanal, refletindo em margens financeiras mais robustas. No entanto, a elevada carga da dívida e a alta dos juros continuam a pressionar os resultados, especialmente em um setor que é sensível à demanda.

Em maio de 2025, o Magazine Luiza distribuiu dividendos de R$ 0,31 por ação, evidenciando seu compromisso com a rentabilidade aos acionistas. A recente volatilidade dos preços também foi influenciada pela negativa em relação a uma projeção de faturamento de R$ 70 bilhões, que havia gerado expectativa no mercado em julho.

Considerações Finais para Traders

Para os traders, o momento exige atenção ao volume e à força de um possível rompimento. Se o valor das ações ultrapassar R$ 8,82 de forma consistente, pode surgir uma oportunidade para operações de curto prazo com bom potencial de retorno. Por outro lado, a perda do suporte em R$ 8,25 pode indicar uma nova correção nos preços.

A análise técnica utilizada neste artigo foi realizada com base em dados extraídos da ferramenta Scanner -, que permite acompanhar em tempo real o comportamento das ações no mercado, identificar padrões de candlestick e interpretar diversos indicadores técnicos de forma prática e confiável. O uso do Scanner – oferece aos investidores a vantagem de monitorar ativos em tendência de alta ou baixa, além de facilitar comparações entre diferentes períodos e ativos, tornando a análise mais acessível para investidores desde os iniciantes até os mais experientes.

Fonte: br.-.com

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