Emissão de Notas Comerciais pela Marisa
A Marisa (AMAR3) comunicou ao mercado que seu conselho de administração aprovou a emissão de notas comerciais, por meio da 16ª, 17ª e 18ª emissões, somando um total de R$ 152 milhões.
Essas notas representam títulos de crédito utilizados por empresas para captar recursos junto a investidores. Conforme informado no fato relevante, essa iniciativa visa reforçar a gestão financeira, operações e demandas da varejista de moda.
As notas comerciais anunciadas pela Marisa serão oferecidas de maneira privada, sem esforços públicos de venda ou distribuição aos investidores e ao mercado em geral. A companhia informou que as notas terão garantia fidejussória, com vencimento em 36 meses a contar das datas de emissão.
Resultados Financeiros da Marisa
A companhia encerrou o segundo trimestre de 2025 (2T25) com um lucro líquido de R$ 2,1 milhões, revertendo um prejuízo de R$ 102 milhões registrado no mesmo período do ano anterior, em um resultado que evidenciou forte crescimento das receitas e melhorias nas margens.
A receita líquida da varejista de moda cresceu 22,9% em comparação ao mesmo trimestre de 2024, alcançando R$ 394,5 milhões, com uma expansão de 23,3% nas vendas de mesmas lojas. A margem bruta aumentou 4,9 pontos percentuais ano a ano, atingindo 54,2%.
Segundo o presidente-executivo da companhia, Edson Garcia, o resultado reflete a eficácia na coleção e a melhoria no relacionamento com a cadeia de fornecimento, além de contar com o apoio do clima mais frio durante o período.
“Mesmo com um reposicionamento um pouco mais competitivo em termos de preço, conseguimos uma forte negociação com a cadeia de fornecimento. A abertura de nossos fornecedores ampliou as possibilidades de ganho”, afirmou Garcia em entrevista à Reuters.
O executivo ressaltou que a elevada taxa de juros e a inflação resiliente no país criam um ambiente mais desafiador para o setor, mas destacou que, no caso da Marisa, isso pode representar uma oportunidade devido ao recente reposicionamento da companhia.
*Com informações da Reuters