Mercado Ilícito de Bebidas e Alimentos em São Paulo
O comércio ilegal de bebidas e alimentos na cidade de São Paulo teve um impacto significativo, movimentando, no ano anterior, a quantia de R$ 662 milhões. Essas informações foram divulgadas pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que ressaltou a preocupação com as bebidas adulteradas e os riscos associados à saúde pública e à segurança alimentar.
Percentual de Produtos de Origem Transnacional
De acordo com o anuário de Mercados Ilícitos do Deseg (Departamento de Defesa e Segurança) da Fiesp, aproximadamente 75,8% desse segmento ilícito está relacionado a produtos de origem transnacional. Isso significa que estes produtos passam por diversos países durante o processo de produção antes de serem consumidos, o que torna a fiscalização e o controle muito mais complexos.
Perdas Econômicas e Impostos Não Recolhidos
Além do impacto no consumo, esse mercado ilegal resultou em uma perda de R$ 28,48 milhões em renda que poderia ter sido gerada para trabalhadores. Também há um montante significativo de R$ 147 milhões em impostos estaduais que não foram pagos. A Fiesp calcula que esses valores poderiam ser utilizados para custear a construção de 39 escolas ou 40 hospitais.
A Necessidade da Procedência dos Produtos
A entidade Fiesp enfatiza que o consumo de produtos sem procedência compromete não apenas a economia local, mas também a qualidade e a segurança dos alimentos e bebidas disponíveis no mercado. Segundo a Fiesp, optar pela aquisição de produtos legalizados e com selo fiscal é fundamental para apoiar uma economia mais justa, proteger empregos e fortalecer a indústria local.
Investigação de Casos de Intoxicação por Metanol
O levantamento realizado pela Fiesp também revela dados sobre o setor ilícito em relação a investigações sobre casos de intoxicação por metanol em bebidas adulteradas. A maioria dos incidentes registrados está concentrada no estado de São Paulo.
Até o presente momento, foram confirmados 10 casos de intoxicação por metanol na região. Outras 29 ocorrências ainda estão sendo investigadas. Destes casos registrados, uma morte já foi confirmada como consequência da ingestão de metanol. Além disso, há outros cinco óbitos que estão sendo investigados para determinar a relação com a ingestão deste componente nocivo.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br