Os principais índices da bolsa de valores da Europa encerraram esta sexta-feira, 5 de setembro, com resultados negativos, devido à pressão nos setores de energia e bancos. O destaque negativo ficou por conta do FTSE MIB (BITI:FTSEMIB), que apresentou as maiores perdas entre os índices do continente, enquanto o FTSE 100 (LSE:UKX) registrou a menor queda. No cenário macroeconômico, a divulgação dos dados de criação de empregos nos Estados Unidos trouxe um aumento na cautela por parte dos investidores, impactando diretamente o clima dos mercados.
Reino Unido
No Reino Unido, o FTSE 100 (LSE:UKX) apresentou uma queda de 0,09%, influenciado pela pressão no setor energético. O mercado reagiu aos dados de emprego divulgados nos Estados Unidos nesta sexta-feira, os quais reforçaram as expectativas de que o Federal Reserve pode realizar cortes nas taxas de juros. A libra esterlina (FX:GBPUSD) experimentou volatilidade, visto que as mudanças na política monetária americana costumam afetar a moeda britânica de forma significativa.
Zona do Euro
O índice Euronext 100 (EU:N100) fechou com uma desvalorização de 0,30%, refletindo a fraqueza no setor financeiro. Os investidores reagiram aos dados de emprego dos Estados Unidos, considerando os possíveis efeitos indiretos sobre a política monetária do Banco Central Europeu (BCE). Em períodos de maior incerteza, o euro (FX:EURUSD) costuma apresentar oscilações mais intensas em relação ao dólar americano.
Alemanha
Na Alemanha, o DAX (DBI:DAX) registrou uma queda de 0,80%, pressionado principalmente pelas ações dos setores bancário e energético. Esse desempenho foi impactado pela percepção de que a economia global pode desacelerar caso a recuperação do mercado de trabalho nos Estados Unidos continue a enfraquecer. Tal cenário aumenta as expectativas de cautela por parte do BCE, reduzindo, assim, o apetite por risco entre os investidores na bolsa de valores alemã.
França
Em Paris, o índice CAC 40 (EU:PX1) fechou em queda de 0,31%. O setor de energia foi o principal responsável por esse recuo, enquanto as ações de tecnologia mostraram uma certa resiliência. A divulgação de dados de emprego com resultados mais fracos nos Estados Unidos acentuou a volatilidade, elevando os receios sobre uma desaceleração ainda mais acentuada na economia global.
Itália
O mercado italiano foi o que apresentou as maiores quedas da jornada, com o FTSE MIB (BITI:FTSEMIB) em baixa de 0,88%. Os investidores interpretaram os sinais vindos dos Estados Unidos como um alerta para as empresas do setor financeiro, que são bastante sensíveis a cortes nas taxas de juros. As expectativas de margens de crédito mais comprimidas sobrecarregaram as ações listadas em Milão.
Portugal
No mercado português, o índice PSI 20 (EU:PSI20) fechou em queda de 0,58%. Essa volatilidade foi impulsionada pelas expectativas em torno das decisões do BCE, além das repercussões dos dados de emprego norte-americanos, que reabriram o debate sobre os impactos de juros globais mais baixos.
Holanda
Em Amsterdã, o índice AEX (EU:AEX) teve uma queda de 0,17%. As ações ligadas ao setor de tecnologia conseguiram atenuar em parte a queda, mas a pressão proveniente do setor de energia, juntamente com a influência dos indicadores econômicos dos Estados Unidos, manteve o índice em território negativo.
Reação aos EUA
Os dados de emprego divulgados nos Estados Unidos mostraram um crescimento de vagas que ficou aquém das expectativas do mercado, o que fortaleceu as apostas em cortes de juros pelo Federal Reserve ainda neste mês. Apesar das expectativas de alívio para os ativos de risco, surgiram preocupações sobre a saúde da economia norte-americana, aumentando a volatilidade nos mercados ao redor do mundo.