Crescimento do PIB Brasileiro em Agosto
O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil registrou um crescimento de 0,7% em agosto, em comparação a julho, conforme revelado pelo Monitor do PIB, que é elaborado pelo Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas).
Comparação Anual
Na comparação com o mês de agosto do ano anterior, 2024, o crescimento foi de 1,3% em agosto de 2025. A taxa acumulada em um período de 12 meses até agosto de 2025 foi de 2,7%.
Análise da Economista
De acordo com a FGV, apesar do consumo das famílias estar em enfraquecimento, a atividade econômica demonstra "notável resiliência".
Segundo Juliana Trece, coordenadora do Monitor do PIB – FGV, "os três grandes setores de atividade (agropecuária, indústria e serviços) contribuíram positivamente para o crescimento de 0,7% da economia em agosto, na comparação com julho. Ressalta-se, contudo, que pela ótica da demanda, houve retração do consumo das famílias pelo terceiro mês consecutivo; um componente que representa mais de 60% do PIB. Esse padrão indica sinais de enfraquecimento de um elemento que foi um dos principais motores do crescimento econômico brasileiro nos últimos anos. Tais resultados ressaltam que há pontos de atenção relevantes na economia, no entanto, também existe notável resiliência, evidenciada pelo crescimento de 0,7%".
Metodologia do Monitor do PIB
O Monitor do PIB antecipa as tendências do principal índice da economia utilizando as mesmas fontes de dados e metodologia do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que é responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.
Análise do Trimestre Móvel
No trimestre móvel encerrado em agosto de 2025, em comparação ao trimestre terminado em agosto de 2024, o PIB teve um avanço de 1,4%. Sob a perspectiva da demanda, o consumo das famílias se manteve estável, com variação de 0,0% nesse tipo de comparação.
Desaceleração do Consumo Familiar
A FGV esclarece que "a desaceleração no consumo das famílias, que começou no segundo semestre de 2024, continuou seu curso, resultando na estagnação do componente no trimestre móvel concluído em agosto. Além da contribuição negativa do consumo de bens não duráveis, já identificada no trimestre móvel encerrado em julho, o consumo de bens duráveis também passou a contribuir negativamente para o componente neste trimestre".
Formação Bruta de Capital Fixo
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que mede os investimentos no PIB, permaneceu estável (0,0%) no trimestre até agosto deste ano, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Dentro desse contexto, observou-se crescimento nos segmentos de construção e de outros ativos, embora tenha havido uma forte retração em máquinas e equipamentos.
Comércio Exterior
No setor de exportações, os bens e serviços registraram um aumento de 6,1%, impulsionado, em grande parte, pelos produtos da extrativa mineral. Por outro lado, as importações subiram 1,1%.
Resultados Monetários
Em termos monetários, o PIB alcançou R$ 8,317 trilhões no acumulado do ano até agosto, considerando os valores correntes.
Taxa de Investimento
A taxa de investimento da economia no mês de agosto foi de 18,9%.
Fonte: www.cnnbrasil.com.br