Morgan Stanley rebaixa Wells Fargo e prevê poucas perspectivas positivas à frente.

Análise da Situação da Wells Fargo

Rebaixamento de Classificação

De acordo com a Morgan Stanley, as perspectivas de valorização das ações do Wells Fargo são limitadas. A analista Betsy Graseck rebaixou a classificação da instituição financeira de "sobrepeso" para "peso igual". Com um novo preço-alvo de R$ 95, anteriormente fixado em R$ 87, a projeção indica um ganho potencial de apenas 2,3% em relação ao fechamento das ações na sexta-feira.

Remoção do Limite de Ativos

Após sete anos, foi removido o limite de ativos do Wells Fargo. Graseck ressaltou que, com essa mudança, os catalisadores para a valorização das ações se tornaram escassos. Em uma nota enviada aos clientes, a analista mencionou: "Fomos otimistas em relação à Wells Fargo antes da remoção do limite de ativos, considerando isso um catalisador subestimado para um crescimento mais rápido do lucro por ação (EPS)". Contudo, agora a percepção é de que "vemos um upside mais limitado em comparação com nossas ações avaliadas como ‘sobrepeso’".

Expectativas para 2026

A analista também indicou que o próximo evento catalisador significativo ocorrerá quando a empresa fornecer as orientações para o ano fiscal de 2026 em janeiro. Ela espera que a Wells Fargo aumente sua meta de retorno sobre o patrimônio tangível comum (ROTCE) a partir da atual taxa de aproximadamente 15%. No entanto, Graseck acredita que o mercado já tenha precificado grande parte dessa expectativa.

Impacto das Taxas de Juros

Graseck observou que a Wells Fargo não deverá se beneficiar do recente ciclo de cortes nas taxas de juros implementado pelo Federal Reserve. O banco central, neste mês, reduziu sua taxa básica em um quarto de ponto percentual. De acordo com o ferramenta FedWatch do CME Group, os traders também estão precificando dois cortes adicionais nas taxas até o final do ano.

"Acreditamos que a receita líquida de juros (NII) da Wells está vulnerável durante o próximo ciclo de cortes nas taxas", afirmou Graseck. "Prevemos uma contração na margem de juros líquida até o final de 2026". Como consequência, as estimativas de NII foram ajustadas para estar 1,5% abaixo do consenso para 2026 e 2,5% abaixo para 2027.

Desempenho das Ações

As ações da Wells Fargo, que apresentaram uma valorização de 21% até a data atual do ano, registraram uma leve queda no pré-mercado. Apesar do rebaixamento realizado pela Morgan Stanley, a maioria dos analistas se mantém otimista em relação à Wells Fargo. Dados da LSEG revelam que, dos 26 analistas que acompanham as ações do banco, 17 classificam o papel como "compra" ou "forte compra".

Fonte: www.cnbc.com

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